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Economia

- Publicada em 25 de Abril de 2019 às 13:39

Despesas operacionais do Bradesco somam R$ 10,184 bi no 1º trimestre

Gastos administrativos do banco alcançaram R$ 5,026 bilhões, com elevação de 4,5%

Gastos administrativos do banco alcançaram R$ 5,026 bilhões, com elevação de 4,5%


MARIANA CARLESSO/JC
Agência Estado
As despesas operacionais do Bradesco totalizaram R$ 10,184 bilhões no primeiro trimestre, cifra 5,7% maior em um ano. Cresceram, assim, abaixo das receitas que tiveram aumento de 2,4% no período.
As despesas operacionais do Bradesco totalizaram R$ 10,184 bilhões no primeiro trimestre, cifra 5,7% maior em um ano. Cresceram, assim, abaixo das receitas que tiveram aumento de 2,4% no período.
As despesas com pessoal do banco foram de R$ 5,158 bilhões, aumento de 6,8% ante um ano. Já os gastos administrativos alcançaram R$ 5,026 bilhões, com elevação de 4,5%.
O Bradesco encerrou março com 4.594 agências, 23 a menos ante o fim do ano. Em 12 meses, o banco fechou 114 unidades. O quadro de colaboradores somavam 99.156 funcionários ante 98.605 e 97.593, respectivamente.
A margem financeira total do Bradesco alcançou R$ 14,087 bilhões no primeiro trimestre, elevação de 4,2% ante um ano. Na comparação com os três meses anteriores houve retração de 4,7%.
O aumento no comparativo anual foi possível, principalmente, pelo impulso da margem com clientes, ou seja, de operações que rendem juros, que aumentou 6,2% no primeiro trimestre ante idêntico intervalo de 2019, para R$ 11,960 bilhões. Em relação ao trimestre anterior cresceu 0,6%.
"O crescimento é decorrente dos efeitos positivos do incremento do volume médio de negócios, principalmente pela evolução das operações destinadas às pessoas físicas, destaque para os produtos de financiamento imobiliário, crédito consignado e veículos, e o melhor resultado do mix de produtos", detalha o Bradesco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
A taxa média da margem financeira com clientes foi de 10,6% no primeiro trimestre ante 10,7% nos três meses anteriores.
O spread líquido do Bradesco ficou em 7,3% ao fim de março, acima do visto no término de dezembro, de 7,2%. Já o spread bruto foi de 10,6% ante 10,7%, respectivamente.
Em contrapartida, a margem ao mercado, que reflete basicamente as operações de tesouraria do banco, somou R$ 2,127 bilhões de janeiro a março, queda de 5,8% em um ano e de 26,4% em relação aos três meses anteriores.
O índice de Basileia total do Bradesco, que mede o quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi de 18,1% no primeiro trimestre, indicador 0,3 ponto porcentual maior que nos três meses anteriores, de 17,8%. Ante um ano, quando estava em 15,9%, o indicador teve melhora de 2,2 p.p.. Neste caso, quanto maior, melhor.
O capital de nível 1 da instituição, ou seja, de melhor qualidade, chegou a 14,4% ao final de março ante 13,7% em dezembro e 12,4% em um ano. O de nível 2 foi de 3,7% contra 4,2% e 3,5%, respectivamente.
O Bradesco explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a geração de lucro continua com alta contribuição para o indicador. Destaca ainda que o capital nível I foi beneficiado pelos ajustes de avaliação patrimonial e pela realocação de recursos, via pagamento de dividendos, por parte do Grupo Segurador, reduzindo o impacto dos ajustes prudenciais em relação a dezembro de 2018.
O capital principal, isto é, próprio dos acionistas, foi de 13,0% no primeiro trimestre deste ano, 0,7 p.p. acima de três meses antes, de 12,3%. Em um ano, estava em 11,6%.
O índice de inadimplência do Bradesco, considerando atrasos acima dos 90 dias, foi a 3,3% no primeiro trimestre deste ano, indicador 0,2 ponto porcentual menor que nos três meses anteriores, de 3,5%. Ante um ano, quando estava em 4,4%, a melhora foi de 1,1 p.p..
O Bradesco destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que foi o oitavo trimestre consecutivo de melhora da inadimplência. Contribui para tal desempenho, segundo o banco, a melhor qualidade das novas safras e os ajustes nos processos de concessão e recuperação de crédito.
Todos os segmentos no primeiro trimestre apresentaram melhora no índice, movimento que, conforme o Bradesco, ocorre desde o início de 2018, com destaque para os segmentos de micro, pequenas e médias empresas e de pessoas físicas. "Desde o pico da inadimplência em março de 2017, o índice total apresentou redução de 2,4 p.p.", destaca a instituição.
A inadimplência de grandes empresas, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 0,97% ao final de março ante 1,46% em dezembro, o melhor patamar dos últimos trimestres. Já na micro, pequena e média empresa, o indicador ficou em 4,19% contra 4,25%, nesta mesma ordem.
Já o índice que mede o calote da pessoa física, considerando atrasos maiores que 90 dias, foi de 4,33% no primeiro trimestre contra 4,43% nos três meses anteriores.
O indicador de inadimplência do Bradesco de curto prazo, que considera atrasos de 15 a 90 dias, encerrou março em 3,81% contra 3,51% em dezembro e 4,2% um ano antes. Segundo o banco, o crescimento apresentado no trimestre reflete o comportamento sazonal de início de ano, observado, principalmente, nas operações com pessoas físicas, portanto, não apresentando uma mudança de tendência.
O calote de curto prazo da pessoa física foi a 5,33% no primeiro trimestre ante 4,76% nos três meses anteriores e 5,4% um ano antes. Na grande empresa, passou de 0,88% em dezembro para 0,94% em março. Nos grupos menores, subiu de 4,31% para 4,54%, nesta ordem.
As despesas com provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Bradesco somaram R$ 6,292 bilhões no primeiro trimestre, alta de 36,8% ante um ano, de R$ 4,599 bilhões. Na comparação com os três meses anteriores, quando esses gastos foram de R$ 4,495 bilhões, aumentaram 40,0%.
O Bradesco destaca, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a despesa de PDD (Bruta) está impactada em R$ 1,836 bilhão no primeiro trimestre por conta da contabilização de plano de recuperação judicial de clientes baixados para prejuízo. Houve impacto, conforme o banco, nas linhas de receita de recuperação de créditos e impairment de ativos financeiros, mas não refletiu na despesa de PDD total, bem como no resultado do período.
Como consequência, as receitas com recuperações de crédito mais que dobraram no primeiro trimestre ante um ano, ultrapassando a casa dos R$ 3 bilhões. Em relação ao trimestre anterior, o aumento foi de 94,6%.
A despesa de PDD do Bradesco no "conceito expandida" somou R$ 3,604 bilhões no primeiro trimestre, queda de 4,8% ante os três meses anteriores, de R$ 3,786 bilhões. Em um ano, quando somou R$ 3,935 bilhões, foi vista redução de 8,4%.
"Mesmo considerando as evoluções da carteira de crédito, que em 12 meses foi de 12,7%, as despesas com PDD (Expandida) continuam apresentando redução, ocasionada pela melhora da qualidade das operações, que podem ser justificadas pelas quedas dos índices de inadimplência", destaca o Bradesco.
O saldo de PDDs do banco foi a R$ 36,987 bilhões de janeiro a março, elevação de 3,4% em 12 meses, de R$ 35,763 bilhões. Ante os três meses anteriores, quando a cifra estava em R$ 35,084 bilhões, aumentou 5,4%.
A carteira de empréstimos do Bradesco no primeiro trimestre foi impulsionada pelo segmento de grandes empresas do lado da pessoa jurídica e pelo crédito pessoal, incluindo consignado (com desconto em folha), na pessoa física.
A carteira de crédito do Bradesco encerrou março em R$ 548,294 bilhões, aumento de 3,1% em relação ao fim de dezembro. No primeiro trimestre, os empréstimos do banco foram impulsionados tanto por pessoas jurídicas como físicas, com expansões de 3,3% e 2,8% em relação aos três meses anteriores, respectivamente.
No comparativo anual, o crescimento da carteira do Bradesco chegou a 12,7%. Para este ano, o banco projeta aumento de 9% a 13% em sua carteira de crédito.
Apesar de a economia não ter respondido às expectativas dos economistas no primeiro trimestre, a expansão da carteira de crédito de pessoa jurídica do Bradesco foi puxada pelas grandes empresas, que tiveram expansão de 5,5% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores. Em um ano, subiram 14,5%. Já o segmento de micro, pequena e média empresa teve queda de 1,8% e aumento de 8,5%, nesta ordem.
Na pessoa física, os destaques foram crédito pessoal, com aumento de 9,1% no primeiro trimestre ante os três mes anteriores, consignado, alta de 5,1%, e imobiliário e veículos, ambos com avanço de 3,9% no período.
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