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Economia

- Publicada em 23 de Abril de 2019 às 18:17

Dólar cai após acordo do governo com Centrão para votar previdência na CCJ

O dólar à vista fechou a R$ 3,9219

O dólar à vista fechou a R$ 3,9219


VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
Agência Estado
O dólar viveu uma sessão de extremos nesta terça-feira (23). Pela manhã, o dólar varou o teto de R$ 3,95 e correu até máxima de R$ 3,9638 (maior nível intraday desde 28 de março), insuflado pela alta global da moeda americana e pela postura defensiva dos agentes à espera da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para votar a admissibilidade da reforma da Previdência. O fôlego altista começou a arrefecer à tarde, quando saiu a notícia de que o governo havia acertado os ponteiros com o Centrão em torno da retirada de 'jabutis' do texto da reforma e minguou de vez com o início da sessão do colegiado. Depois de descer até mínima de R$ 3,9142, o dólar à vista fechou a R$ 3,9219, em queda de 0,28%, na contramão da tendência de valorização da moeda americana ante outras divisas emergentes.
O dólar viveu uma sessão de extremos nesta terça-feira (23). Pela manhã, o dólar varou o teto de R$ 3,95 e correu até máxima de R$ 3,9638 (maior nível intraday desde 28 de março), insuflado pela alta global da moeda americana e pela postura defensiva dos agentes à espera da reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara para votar a admissibilidade da reforma da Previdência. O fôlego altista começou a arrefecer à tarde, quando saiu a notícia de que o governo havia acertado os ponteiros com o Centrão em torno da retirada de 'jabutis' do texto da reforma e minguou de vez com o início da sessão do colegiado. Depois de descer até mínima de R$ 3,9142, o dólar à vista fechou a R$ 3,9219, em queda de 0,28%, na contramão da tendência de valorização da moeda americana ante outras divisas emergentes.
Operadores e analistas destacaram como ponto principal para alívio do dólar ao longo da tarde a percepção de que o governo abandonou a imobilidade e se empenhou para costurar um acordo com os partidos do Centrão, o que dá um alento à expectativa de maior articulação política daqui para frente. A postura firme do presidente da CCJ, Felipe Francischini, no embate com a oposição, que tenta obstruir a sessão, também foi citada por operadores como pontos positivos. A reunião do colegiado prossegue em meio ao embate entre oposição e governo, mas a expectativa é de desenlace positivo, com aprovação da admissibilidade.
"Muita gente fez hedge pela manhã com dúvidas sobre a CCJ. Com esse acordo do governo e a perspectiva de aprovação, houve uma zeragem de posições defensivas e o dólar caiu", diz o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, ressaltando que, apesar do alívio no fim do dia, o dólar tende a trabalhar ao redor de R$ 3,90 enquanto não houver sinais mais claros de que a reforma não será diluída ao longo da tramitação na Câmara. "No curto prazo, pode até chegar a R$ 4 se houver muito ruído na Câmara."
Pelo acordo entre Centrão e governo, ficaram fora do parecer do relator da Previdência na CCJ, deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), o fim do pagamento de multa do FGTS para aposentados, a possibilidade de alterar idade para aposentadoria de ministros do STF por lei complementar, a exclusividade da Justiça Federal do Distrito Federal para julgar processos contra a reforma e o dispositivo que garante somente ao Executivo a possibilidade de propor mudanças na Previdência.
Se for sacramentada a constitucionalidade da proposta na CCJ, a expectativa é a de que a Comissão Especial da reforma da Previdência, palco para o debate de temas decisivos - como idade mínima para aposentadoria e tempo de transição -, seja instalada ainda está semana. Segundo o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), a instalação da Comissão Especial deve ser realizada na quinta-feira (25), mas a primeira reunião ocorrerá apenas em 7 de maio.
Depois de um giro reduzido na segunda, abaixo de US$ 10 bilhões, o volume de negócios no mercado futuro foi robusto nesta terça-feira e, às 17h27, superava US$ 18 bilhões. No mesmo horário, o dólar para maio era negociado a R$ 3,9200, queda de 0,47%. No mercado à vista, o volume somou US$ 2,58 bilhões.
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