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Economia

- Publicada em 15 de Abril de 2019 às 03:00

Paulo Guedes tenta gerenciar crises de Bolsonaro e com o Congresso

Era quinta-feira (11) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estava no meio de uma agenda com 27 compromissos entre Nova Iorque e Washington. Ainda não imaginava que teria que lidar com a decisão de Jair Bolsonaro de interferir, à sua revelia, no reajuste do preço do diesel da Petrobras. A medida contrariou ferozmente a condução da política econômica liberal defendida pelo ministro - de livre mercado e menor intervenção possível - e despertou a desconfiança dos investidores.
Era quinta-feira (11) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, estava no meio de uma agenda com 27 compromissos entre Nova Iorque e Washington. Ainda não imaginava que teria que lidar com a decisão de Jair Bolsonaro de interferir, à sua revelia, no reajuste do preço do diesel da Petrobras. A medida contrariou ferozmente a condução da política econômica liberal defendida pelo ministro - de livre mercado e menor intervenção possível - e despertou a desconfiança dos investidores.
Até aquela tarde, porém, Guedes desprezava os recados que chegavam sobre a habitual falta de articulação entre a equipe econômica e o Congresso, e focava sua atenção nos encontros com autoridades financeiras internacionais. Mas em poucas horas as crises internas geradas pelo Planalto escalaram e o ministro precisou passar boa parte do tempo tentando explicar - e entender - as decisões tomadas pelo presidente.
Entre as reuniões, recebia mensagens sobre a atuação de aliados do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Os deputados fizeram andar no Congresso um texto alternativo ao do governo sobre reforma tributária depois que um auxiliar de Guedes falou sobre as propostas do Planalto em relação ao tema.
Depois, veio a enxurrada de recados e ligações sobre a decisão de Bolsonaro de segurar o aumento de 5,7% no preço do combustível - Guedes não fora avisado da medida. Irritado, o ministro evitou comentar o assunto. Sobre a confusão com o presidente da Câmara, no entanto, disse a jornalistas que Maia deve ter um "senso político superior" ao dele ao fazer seus cálculos, mas teme que o andamento de várias propostas atrapalhe a aprovação da reforma da Previdência.
Guedes afirmou no sábado (13) que é possível consertar na base da conversa decisões "não muito razoáveis" tomadas pelo presidente na economia. E é isso que o ministro pretende fazer nesta semana, quando volta ao Brasil.
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