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Economia

- Publicada em 12 de Abril de 2019 às 17:40

Petrobras abre em forte queda na Bolsa após recuo em reajuste do diesel

Queda é reflexo da decisão de suspender o reajuste no preço do diesel horas depois de anunciá-lo

Queda é reflexo da decisão de suspender o reajuste no preço do diesel horas depois de anunciá-lo


STÉFERSON FARIA/AG. PETROBRAS/JC
As ações da Petrobras abriram em queda de mais de 5% nesta sexta-feira (12), reflexo da decisão da companhia de suspender o reajuste no preço do diesel horas depois de anunciá-lo, na quinta. 
As ações da Petrobras abriram em queda de mais de 5% nesta sexta-feira (12), reflexo da decisão da companhia de suspender o reajuste no preço do diesel horas depois de anunciá-lo, na quinta. 
Nesta manhã, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a decisão de suspender o reajuste partiu do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Na quinta, a Petrobras havia anunciado o reajuste do preço do diesel em 5,7%, que seria aplicado a partir desta sexta. Horas depois, porém, a companhia afirmou que "em consonância com sua estratégia para os reajustes dos preços do diesel divulgada em 25 de março, revisitou sua posição de hedge [proteção] e avaliou ao longo do dia, com o fechamento do mercado, que há margem para espaçar mais alguns dias o reajuste no diesel".
O BTG Pactual chamou o recuou de Déjà Vu, em referências às interferências do governo Dilma Rousseff (PT) na estatal, algo duramente criticado pelo mercado. O congelamento do preço levou a uma deterioração das contas da companhia. O BTG citou a medida como uma forma de conter uma eventual nova paralisação de caminhoneiros.
"Então ficamos com um dilema. Enquanto as consequências de uma nova greve provavelmente seriam muito negativas para a agenda de crescimento do país (incluindo reformas) e inclusive para a Petrobras, a percepção de que a companhia está exposta a influências políticas, mesmo sob uma agenda [governo] liberal, coloca em risco o seu pilar central de processo de redução de riscos", disse o BTG.
Para o banco, a defasagem do preço do diesel em comparação com o exterior é de 5,8%.
Em nota, a corretora Guide escreveu que "o governo está fazendo exatamente aquilo que ele mais crítica. Além de ir completamente ao contrário do que pensa o ministro da economia Paulo Guedes", ressaltando a interferência do governo na empresa.
A corretora considerou a decisão errada e baseada apenas no medo de uma nova paralisação dos caminhoneiros em um momento em que o governo está fragilizado.
"Bolsonaro pode até acertar no curto prazo, ao evitar uma nova greve dos caminhoneiros, dado a sua popularidade baixa e um complexo cenário na negociação da Previdência. Porém, precisa sinalizar, rapidamente, que não irá sentar em cima dos preços da Petrobras", dizem os analistas da Guide.
A estimativa da Guide é de defasagem de 8%.
A corretora Rico acrescentou que a notícia da suspensão do reajuste "remete ao mercado os tempos de intervencionismo ativo que a estatal sofreu no governo Dilma".
Agência Folhapress
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