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Economia

- Publicada em 12 de Abril de 2019 às 12:58

Bolsonaro procurou presidente da Petrobras para tratar do preço do diesel

Decisão que jogou para baixo ações da estatal foi tomada em conjunto com o presidente da petroleira

Decisão que jogou para baixo ações da estatal foi tomada em conjunto com o presidente da petroleira


EVARISTO SA/AFP/JC
Agência Estado
Antes do recuo da Petrobras sobre o aumento do preço do diesel, o presidente da República, Jair Bolsonaro, procurou o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, para tratar do assunto. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, embora a iniciativa tenha partido de Bolsonaro, a decisão foi tomada em conjunto.
Antes do recuo da Petrobras sobre o aumento do preço do diesel, o presidente da República, Jair Bolsonaro, procurou o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, para tratar do assunto. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, embora a iniciativa tenha partido de Bolsonaro, a decisão foi tomada em conjunto.
A decisão da Petrobras jogou para baixo as ações da estatal no pré-mercado de Nova Iorque e na B3, a Bolsa de São Paulo, nesta sexta-feira (12). A solução encontrada ainda é momentânea, já que o preço praticado em 26 de março será mantido "por alguns dias".
Pela manhã, o vice, Hamilton Mourão, disse, em entrevista à CBN, que a determinação de Bolsonaro para a Petrobras recuar do reajuste no diesel foi um caso "isolado". Também disse crer em bom senso e que não se repetirá a política de preços adotada do governo Dilma Rousseff (PT).
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência monitora atentamente as movimentações de caminhoneiros em direção a uma nova greve desde o mês passado.
O governo quer evitar o início de uma greve com receio de que tome as mesmas proporções da que ocorreu no ano passado, quando a paralisação durou 11 dias. O estopim, na época, foi justamente as altas do preço do diesel.
A avaliação de um integrante do governo é de que os caminhoneiros "conheceram a sua força" na última greve e que agora possuem maior poder de negociação.
Na manhã desta sexta, um dos principais líderes dos caminhoneiros, Wallace Landim, o Chorão, creditou ao presidente Bolsonaro e a ministros palacianos o recuo da Petrobras sobre o aumento do diesel, na noite da quinta-feira. "Isso prova que mais uma vez o presidente está do nosso lado, ao lado da categoria. É um comprometimento que ele teve com a categoria e que a gente teve apoiando a sua candidatura."
Ele afirmou que os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, foram os responsáveis por levar o "problema" do aumento de preços para Bolsonaro na quinta. "Eu preciso agradecer num primeiro momento o ministro Onyx (Lorenzoni, da Casa Civil) e o ministro Floriano Peixoto (da Secretaria-Geral), que levaram o problema (do aumento de preços) para o nosso presidente", contou ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
"A gente fica muito feliz, porque vê que ele (Bolsonaro) está olhando por nós. Só que a gente também sabe que não é uma situação muito fácil, vem chumbo grosso por aí, pode ter certeza, porque querendo ou não interfere na política de preços (da Petrobras)", declarou.
O conselho de administração da Petrobras recebeu mal a notícia de que a empresa voltou atrás na decisão de reajustar o preço do diesel, segundo fonte. Aos conselheiros, Castello Branco tentou passar mensagem de segurança, de que não está fugindo à linha de gestão que prometeu adotar - de independência e prioridade ao retorno dos investimentos.
Em resposta aos questionamentos de membros do colegiado, disse que se explicará pessoalmente na próxima reunião do conselho, marcada para o dia 24 deste mês. Esta é a segunda vez em poucos dias que membros do colegiado demonstram insatisfação com decisões tomadas pela diretoria.
A primeira foi com o tamanho do crédito acertado com a União pela cessão onerosa. O valor de cerca de US$ 9 bilhões foi considerado baixo por alguns deles.
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