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Economia

- Publicada em 11 de Abril de 2019 às 10:55

Dólar sobe de olho em Previdência, juro nos EUA e inflação na China

Agência Estado
O dólar exibe alta no mercado doméstico na manhã desta quinta-feira (11), após a queda no dia anterior, influenciado pelo sinal positivo da moeda americana predominante lá fora em relação a outras divisas de países emergentes exportadores de commodities - e diante de alguma cautela com a tramitação da reforma da Previdência.
O dólar exibe alta no mercado doméstico na manhã desta quinta-feira (11), após a queda no dia anterior, influenciado pelo sinal positivo da moeda americana predominante lá fora em relação a outras divisas de países emergentes exportadores de commodities - e diante de alguma cautela com a tramitação da reforma da Previdência.
O investidor adota postura mais defensiva em meio à notícia de que o "Centrão" quer obstruir a votação da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, após a indicação do economista Abraham Weintraub para o Ministério da Educação, não abrindo a vaga no primeiro escalão para os partidos. Às 10h50min desta quinta-feira, o dólar à vista subia 0,25%, aos R$ 3,833. 
A estratégia passa por votar o texto do Orçamento impositivo antes de apreciar a reforma. Se esse script não for seguido, os líderes do "Centrão" prometem obstruir a votação. Assim, não se apreciaria nenhum dos dois temas.
O presidente Jair Bolsonaro está no radar. Ele participa da comemoração dos 100 dias do governo e de almoço com pastores evangélicos do Conselho de Ministros do Brasil (Cimeb). Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem extensa agenda em Washington (EUA). Há ainda a expectativa de que Bolsonaro anuncie o início do pagamento do 13º salário ao Bolsa Família este ano.
Nessa quarta-feira (10), o dólar caiu, refletindo justamente uma melhora na percepção sobre o andamento da reforma da Previdência e uma moeda mais fraca no exterior. Pesaram favoravelmente as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Nova Iorque, de que o Brasil não pegou uma parte "justa" do fluxo de recursos internacionais e que, se as reformas forem aprovadas, a autoridade monetária pode reavaliar o uso das reservas, ainda que o custo de carregamento seja baixo.
Além disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou o tom positivo para os mercados, ao, além de defender a reforma da Previdência, dizer que a meta de arrecadação com privatizações neste ano, de US$ 20 bilhões, deve ser superada em 20% a 40%.
Lá fora, o dólar está mais forte, após os dados de inflação ao consumidor da China em março abaixo do esperado e que renovam preocupações com a desaceleração da economia mundial. Além disso, a divisa dos EUA avança também em relação a moedas principais (euro e libra), ecoando ainda a ata da reunião de política monetária de março do Federal Reserve (Fed).
Para analistas do BBH, o documento não foi "tão 'dovish' quanto alguns esperavam. Em vez disso, a instituição apresentou uma visão de equilíbrio que suporta manter as taxas estáveis até que as perspectivas econômicas se tornem mais claras". De acordo com a ata do Fed, os dirigentes da autoridade notaram que, em geral, a abordagem paciente deve ser mantida, mas ressaltaram que, à luz da evolução da economia, essa política precisaria ser revista.
 
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