O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou, durante evento nos Estados Unidos, que uma de suas prioridades na instituição é ampliar e tornar mais democrático o mercado de capitais no País, com a participação de mais famílias e empresas.
A afirmação faz parte de apontamentos das apresentações que Campos Neto está fazendo nas reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. O evento reúne ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais do G20 (grupo formado pelas 20 maiores economias mundiais) e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), além de investidores de diversos países.
Outro objetivo de Campos Neto à frente da instituição financeira é aprovar a autonomia legal do BC, o que, para ele, pode ajudar a reduzir o risco-país (indicador que orienta investidores estrangeiros sobre a estabilidade econômica do país) e a aumentar o crescimento de longo prazo da economia brasileira.
Também é prioridade manter a inflação baixa e estável, mantendo a "excelente condução da política monetária e continuar a aprimorar a comunicação", afirmou Campos Neto. Ele disse que a aprovação e implementação de reformas - notadamente as de natureza fiscal, como a da Previdência -- e ajustes na economia brasileira são essenciais para manter a inflação baixa no médio e longo prazos, para redução da taxa de juros e recuperação econômica sustentável.