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Conjuntura

- Publicada em 09 de Abril de 2019 às 03:00

Ministro defende venda de ativos para enxugar máquina

Ministro diz que reposição de servidores só ocorrerá em casos pontuais

Ministro diz que reposição de servidores só ocorrerá em casos pontuais


/FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL/JC
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a venda de ativos do Estado para enxugar a máquina pública. Vamos vender ativos, a mensagem é clara", disse, afirmando que o governo tem 700 mil imóveis. Ele falou ainda sobre participação em estatais para reduzir a dívida. "Os juros da dívida são inaceitáveis, todos os economistas brasileiros viraram banqueiros", completou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a venda de ativos do Estado para enxugar a máquina pública. Vamos vender ativos, a mensagem é clara", disse, afirmando que o governo tem 700 mil imóveis. Ele falou ainda sobre participação em estatais para reduzir a dívida. "Os juros da dívida são inaceitáveis, todos os economistas brasileiros viraram banqueiros", completou.
Guedes pediu que o Executivo vendesse a própria casa em que mora atualmente. A residência era do ministro da Fazenda no governo anterior, mas já havia sido colocada à venda ainda no governo Michel Temer. O ministro voltou a falar sobre a reforma da Previdência e disse que só não adotou as mudanças defendidas pelo economista Armínio Fraga porque quer "uma viagem mais longa em direção a capitalização". Ele afirmou que 50% do funcionalismo federal se aposenta nos próximos cinco anos e que, com isso, haverá redução no número de servidores, que só serão repostos pontualmente.
 

Maia fala em aproximar Guedes de governadores e prefeitos

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), falou ontem sobre a necessidade de aproximar o ministro da Economia, Paulo Guedes, de prefeitos e governadores para se construir um "grande acordo" para a pauta econômica, que deve incluir a Nova Previdência. Para Maia, é necessário avançar em outros temas, como cessão onerosa, Lei Kandir para socorrer de forma mais permanente a economia das unidades. "Vamos entregar tudo. Todos sobrevivemos mais um ano, um ano e meio e depois volta tudo", disse. Maia ressaltou que há estados e municípios brasileiros falidos e que a União ainda não caminha para isso porque tem recursos, como a emissão de dívidas, para contornar a situação.
O presidente da Câmara começou o discurso respondendo a um questionamento sobre as pautas bombas. "A Câmara não será um instrumento para gerar nenhum problema fiscal para o País", respondeu. Ele citou como exemplo quando foi interpelado a pautar o perdão das dívidas do Funrural, demanda da bancada ruralista.
Maia falou sobre o Orçamento público que atende atualmente poucos grupos e também sobre a remuneração de servidores públicos, que para ele precisa ser revista. "Ninguém tem mais estímulo de fazer carreira no setor público. Cada um vai querendo criar uma estratégia. Se você já está no teto, você quer criar algo diferente", disse. "Reestruturar o Estado brasileiro é o fundamental", afirmou.
Maia comentou ainda sobre a aprovação da proposta de emenda à constituição do Orçamento pela Câmara. Ele negou que a PEC engesse o governo e tire o poder do Executivo para contingenciar gastos. A ação foi vista como um recado do Legislativo ao governo Bolsonaro após as farpas trocadas entre os poderes durante o mês de março.