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Economia

- Publicada em 04 de Abril de 2019 às 18:38

Dólar tem queda de 0,54% com fluxo externo e ofensiva de Bolsonaro por reforma

A divisa americano encerrou o dia cotada a R$ 3,8571

A divisa americano encerrou o dia cotada a R$ 3,8571


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Agência Estado
O dólar teve dia de queda nesta quinta-feira (4), e fechou em baixa de 0,54%, a R$ 3,8571. Profissionais do mercado de câmbio relataram entrada forte de fluxo de recursos do exterior, que ajudou a retirar pressão no real em dia que a moeda americana subiu ante divisas fortes e de alguns emergentes, como a Rússia e a Argentina. Também contribuiu para a desvalorização do dólar a decisão de Jair Bolsonaro de se reunir nesta quinta-feira com presidentes e líderes de sete partidos, com alguns deles sinalizando apoio à reforma da Previdência.
O dólar teve dia de queda nesta quinta-feira (4), e fechou em baixa de 0,54%, a R$ 3,8571. Profissionais do mercado de câmbio relataram entrada forte de fluxo de recursos do exterior, que ajudou a retirar pressão no real em dia que a moeda americana subiu ante divisas fortes e de alguns emergentes, como a Rússia e a Argentina. Também contribuiu para a desvalorização do dólar a decisão de Jair Bolsonaro de se reunir nesta quinta-feira com presidentes e líderes de sete partidos, com alguns deles sinalizando apoio à reforma da Previdência.
Pela manhã, o mercado ficou mais estressado e o dólar chegou a superar R$ 3,88, com os agentes ainda repercutindo a participação tumultuada do ministro da Economia, Paulo Guedes, na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Mas na parte da tarde a moeda se firmou em baixa com as mesas de câmbio monitorando as reuniões de Bolsonaro. Repercutiram bem as declarações do presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto, de que o partido pode fechar questão em torno da reforma da Previdência. Mais cedo, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que também se reuniu com Bolsonaro, declarou apoio à reforma, mas reforçou que não é governo. "Tudo ocorreu em alto nível", escreveu Bolsonaro no Twitter.
As declarações desta quinta ajudaram os investidores a minimizar o estresse causado da participação de Guedes na CCJ. O estrategista da TAG Investimentos, Dan Kawa, avalia que o evento ocorreu dentro das expectativas. Para ele, ainda não existe uma "base aliada" de Bolsonaro, que está sendo construída, e a inexperiência dos novos deputados do PSL prejudica o governo em eventos como o de quarta. Kawa ressalta que não vê mudança de cenário para a Previdência, a despeito do ruído pontual causado pelo bate-boca entre Guedes e os deputados.
Na avaliação do sócio da gestora Kapitalo, Carlos Woelz, a capacidade de execução do governo na reforma da Previdência está ligada à organização do Congresso. Em todos os lugares do mundo, destaca ele, presidências com minoria no Congresso não fazem nada. "Para fazer uma coalização é preciso ceder poder e não há sinais de que isso está ocorrendo." Uma coalização não corrupta, observa ele, que participou de evento do Bradesco BBI, significa ceder programa de governo e ministérios.
Lá fora, o dólar subiu ante divisas fortes, como euro, e algumas moedas de emergentes, como o rublo russo. Ao mesmo tempo, caiu ante o peso mexicano e a lira turca. No mercado futuro, o dólar para maio fechou em queda de 0,44%, a R$ 3,8590.
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