O setor atacadista no Rio Grande do Sul está otimista com o início do governo do presidente Jair Bolsonaro. É o que mostra a pesquisa realizada com 385 empresas, no mês de março, pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS). O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (3). Segundo a sondagem, mais de 90% dos empresários acreditam em uma melhora econômica para os próximos quatro anos, em relação aos últimos quatro – 30,1% acha que melhorará um pouco e 60% que melhorará muito. Apenas 2,1% esperam piora.
A recuperação econômica, aos olhos dos atacadistas, deve ter resultados já nos próximos seis meses. Para 44,2%, a economia deve melhorar muito nesse período, enquanto 36,9% acreditam em uma melhora mais tímida.
Seguindo a expectativa positiva do mercado, a maioria dos empresários espera uma melhora nas vendas para os próximos seis meses – 86,7%. Desses, 54,8% preveem que as vendas melhorem muito. Atualmente, 69% dos entrevistados definem seu desempenho de vendas bom ou regular.
O otimismo pode ser relacionado com a semelhança no posicionamento do governo com as avaliações feitas pelo setor, que aponta a carga tributária (67,8%) e a legislação em que seu negócio está submetido (34,8%) como fatores que atrapalham a expansão das vendas. No último sábado (30), o presidente Bolsonaro postou em seu perfil do Twitter que pretende reduzir impostos para empresas. O setor também se posiciona favorável ao governo em relação à reforma da Previdência - 79,5% concordam com a reforma da previdência, 53,8% desses, com ressalvas.
A pesquisa da Fecomércio-RS ainda revela que o setor conseguiu manter o número de funcionários em 64,9% das empresas, com diminuição em apenas 15,8% delas, o que pode ter relação com o controle das finanças das empresas. 48,6% delas não possuem endividamento, enquanto 34% têm as dívidas sob controle. A análise mensal das finanças é feita em 42% das empresas, enquanto 32,3% não fazem de forma adequada.