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Empresas

- Publicada em 31 de Março de 2019 às 22:59

Porto Alegre ganha centrais de serviços compartilhados

Unidade local da ThyssenKrupp atende a demandas na América Latina

Unidade local da ThyssenKrupp atende a demandas na América Latina


/LUIZA PRADO/JC
É a partir de Porto Alegre que a multinacional Thyssenkrupp Elevadores atende a demandas administrativas, financeiras e até a roteirização e orientação de técnicos de todas as suas unidades na América Latina. A Central de Serviços Compartilhados da indústria alemã no Rio Grande do Sul foi iniciada em 2008, com 70 funcionários, e, dado o sucesso da implantação, acabou expandida e, hoje, reúne cerca de 350 profissionais, de diferentes países latinos. Entre os profissionais que ficam baseados em Porto Alegre estão alguns experts em suas áreas. Remotamente, eles auxiliam outros técnicos que estão em trabalho de campo em 13 diferentes países da região.
É a partir de Porto Alegre que a multinacional Thyssenkrupp Elevadores atende a demandas administrativas, financeiras e até a roteirização e orientação de técnicos de todas as suas unidades na América Latina. A Central de Serviços Compartilhados da indústria alemã no Rio Grande do Sul foi iniciada em 2008, com 70 funcionários, e, dado o sucesso da implantação, acabou expandida e, hoje, reúne cerca de 350 profissionais, de diferentes países latinos. Entre os profissionais que ficam baseados em Porto Alegre estão alguns experts em suas áreas. Remotamente, eles auxiliam outros técnicos que estão em trabalho de campo em 13 diferentes países da região.
Esse modelo de gestão tem como focos a otimização de recursos humanos, a padronização de atendimentos e a qualidade de serviços e melhorias de controles internos, por exemplo. No caso da multinacional alemã, explica Yuri Agostini, chefe da Central de Serviços Compartilhados da empresa, a unificação desses serviços em Porto Alegre foi sendo ampliada ao longo dos últimos anos, começando por processos e etapas mais simples, como administrativo e contábil.
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Hoje, diz Agostini, a central de serviços compartilhados abarca até mesmo o "core business" da empresa. Ou seja, o centro do negócio, que é o trabalho de implantação e manutenção de equipamentos e o atendimento a esses clientes, em todos os momentos. "Começamos com o atendimento de 63 unidades no Brasil, em serviços mais simples, e, hoje, respondemos por todas as unidades da América Latina, até mesmo na área técnica, que é parte fundamental do negócio. Somos uma das seis centrais de serviços compartilhados da Thyssenkrupp espalhadas pelo mundo, em países como China, Alemanha e Índia", destaca Agostini.
A escolha por Porto Alegre, diz o executivo, se deve ao elevado nível educacional dos profissionais - graças à presença de boas universidades na cidade - aliado à proximidade com a matriz brasileira. Em Guaíba, na Região Metropolitana, fica a sede da empresa no Brasil, assim como uma unidade fabril. Apesar de o caso da Thyssenkrupp ser um dos mais completos do setor, não é o único da cidade.
"Porto Alegre vem se destacando pela presença dessas centrais de serviços compartilhados de grandes empresas. Além da Thyssenkrupp, tem centralizações aqui o Walmart, por exemplo, com próximo de mil pessoas atendendo a todo o País", diz Eduardo Cidade, secretário de Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre.
Outra multinacional que também está adotando esse modelo de centralização nacional de serviços em Porto Alegre é a norueguesa Yara. A companhia, produtora de fertilizantes, está buscando na cidade um local para implantar seu Centro de Excelência, como é chamada a nova estrutura, elevando de cerca de 300 para mais de 400 o número de profissionais atuando na Capital.
"Vamos integrar e centralizar, em Porto Alegre, processos que, devido a muitas aquisições e expansões nos últimos anos, hoje, estão espalhados em várias localidades. Isso mostra ainda mais a importância do Rio Grande do Sul para a empresa", diz João Benetti, diretor comercial da Yara.

Associação reúne empresas que adotam o sistema

Ex-presidente e atual conselheiro da Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC), o administrador Eden Paz participou da fundação da entidade, em 2015, quando atuava na Gerdau. A ideia, conta o executivo, era criar um canal para que o grupo de empresas que já contava com esse modelo de gestão pudesse trocar experiências e ganhar representatividade.
A associação organiza eventos, treinamentos e faz pleitos conjuntos ao setor público em temas de interesse comum, como para a simplificação de tributação, e abriga quase uma centena de empresas. Estão entre as primeiras associadas e fundadoras as gigantes BR Foods, Embraer, Nestlé e Bunge, além das gaúchas Renner e Sicredi. De acordo com Paz, uma pesquisa feita pela entidade em 2016 indicou que ao menos 350 empresas brasileiras contam com esse tipo de central de serviços no Brasil.
Paz explica que o modelo de gestão é uma forma que já se comprovou eficaz para uma empresa ganhar eficiência e produtividade, e até mesmo atender a regras de compliance (conjunto de medidas que englobam desde qualidade do trabalho até o cumprimento de normas legais). "Cerca de 90% das 100 maiores empresas listadas pela Forbes adotam as centrais de serviços compartilhados. E cada vez mais organizações vem estruturando essas centrais como modelo de gestão, que já se provou muito eficaz", ressalta Paz.