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Economia

- Publicada em 28 de Março de 2019 às 18:22

Ibovespa fecha em alta de 2,70% com sinais de trégua na crise política

Os ganhos mais representativos ficaram com as blue chips do setor financeiro

Os ganhos mais representativos ficaram com as blue chips do setor financeiro


SUAMY BEYDOUN /AGIF/FOLHAPRESS/JC
Agência Estado
A promessa de reconciliação entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia deu impulso para uma alta expressiva do Índice Bovespa nesta quinta-feira, 28, corrigindo parte das perdas dos últimos dias. Depois de uma abertura levemente negativa, o índice assumiu movimento progressivo de valorização e terminou o pregão aos 94.388,94 pontos, em alta de 2,70%. Os negócios somaram R$ 16,6 bilhões.
A promessa de reconciliação entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia deu impulso para uma alta expressiva do Índice Bovespa nesta quinta-feira, 28, corrigindo parte das perdas dos últimos dias. Depois de uma abertura levemente negativa, o índice assumiu movimento progressivo de valorização e terminou o pregão aos 94.388,94 pontos, em alta de 2,70%. Os negócios somaram R$ 16,6 bilhões.
Na avaliação de analistas, a bandeira branca acenada entre Executivo e Legislativo trouxe algum alívio na percepção de crise política, mas está longe de reativar no mercado o otimismo que havia levado o Ibovespa a testar os 100 mil pontos. Por isso, a alta foi considerada essencialmente técnica, com investidores em busca de oportunidades de compra para ganhos de curto prazo.
Ao longo do dia, foram diversas as ações para sinalizar o abrandamento da crise política e a evolução da reforma da Previdência. A última foi o anúncio do deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG) como relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro havia dito que os desentendimentos entre ele e o presidente da Câmara foram "chuva de verão" e que o céu já estava "lindo". Já Rodrigo Maia (DEM-RJ) selou a paz em um encontro com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e depois almoçou com Paulo Guedes (Economia), com quem conversou sobre o início do debate da PEC da Previdência.
As altas das ações foram generalizadas no Ibovespa, que nos melhores momentos do dia chegou a subir 3,21%. Dos 65 papéis que compõem a carteira teórica, somente três fecharam em baixa. Os ganhos mais representativos ficaram com as blue chips do setor financeiro, tendo entre os destaques Bradesco PN (+5,08%) e Itaú Unibanco PN (+3,96%). Papéis do "Kit Brasil" também se sobressaíram: Banco do Brasil ON subiu 3,49%, Eletrobras ON avançou 7,13% e Petrobras PN teve ganho de 2,63%.
"O mercado de ações tem vivido um momento de polaridade, com altas e baixas expressivas em meio ao tiroteio político. Assim, o alívio na crise política nesta quinta favoreceu ajustes técnicos, depois de um pregão bastante tenso na quarta-feira", disse Renan Sujii, estrategista da GS Research.
Para Sujii, o mercado provavelmente antecipou cedo demais a tramitação da reforma da Previdência quando levou o Ibovespa rapidamente aos 100 mil pontos, sem que houvesse fato concreto que indicasse uma tramitação sem sobressaltos. "O mercado considerou a tese do 'no news, good news', mas na verdade a falta de notícias indicava falta de articulação", afirmou o profissional. Para ele, dificilmente o mercado levará o Ibovespa de volta aos 100 mil pontos sem que haja fatores concretos que indiquem a evolução do trâmite legislativo.
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