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Agronegócios

- Publicada em 27 de Março de 2019 às 21:41

Silos da Cesa em Bagé têm novo proprietário

Empresa iniciou trabalho de restauração e compra de equipamentos com conclusão prevista para outubro

Empresa iniciou trabalho de restauração e compra de equipamentos com conclusão prevista para outubro


/PRADOZEN/DIVULGAÇÃO/JC
Adquiridos por R$ 2,7 milhões pela passo-fundense Pradozem, os seis silos e o armazém graneleiro da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), em Bagé, começaram nesta semana a receber melhorias. A venda da unidade no município do Sul do Estado dá novas perspectivas aos futuros leilões da Cesa, avalia o administrador liquidante da companhia, Cláudio Cava, já que a empresa de Passo Fundo confirma estar estudando outras aquisições. O leilão da unidade de Erechim, realizado ontem, porém, foi um "deserto", como Cava classifica a ausência de ofertas.
Adquiridos por R$ 2,7 milhões pela passo-fundense Pradozem, os seis silos e o armazém graneleiro da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), em Bagé, começaram nesta semana a receber melhorias. A venda da unidade no município do Sul do Estado dá novas perspectivas aos futuros leilões da Cesa, avalia o administrador liquidante da companhia, Cláudio Cava, já que a empresa de Passo Fundo confirma estar estudando outras aquisições. O leilão da unidade de Erechim, realizado ontem, porém, foi um "deserto", como Cava classifica a ausência de ofertas.
De acordo com a Pradozem, a aquisição da unidade de Bagé, com capacidade total para 20 mil toneladas, faz parte do projeto de expansão da empresa. Hoje, tem unidades de armazenagem em Passo Fundo e Rio Grande, com capacidade total de 600 mil toneladas. A expectativa é que a unidade de Bagé esteja totalmente renovada até outubro. Entre julho e agosto, porém, os primeiros espaços de armazenagem já poderão recomeçar a ser utilizados, segundo a empresa. O local receberá além de soja, trigo e milho, também cevada, cultura que cresce na região de Passo Fundo com a demanda da maltaria da Ambev na cidade.
Em Bagé, a Pradozem já deu início aos trabalhos de restauração e limpeza do local, e ainda fará melhorias nos espaços e aquisição de novos equipamentos, como de secagem de grãos. A empresa diz que a aquisição também é uma aposta no crescimento da Região Sul do Estado na produção de grãos e na carência local por armazenagem. Segundo a empresa de Passo Fundo, a região é atrativa para agricultores que precisam de local para fazer o transbordo e tratamento dos grãos entre a fazenda e o porto do Rio Grande, por exemplo.
Além de melhorias nos silos e no armazém e a compra de novos equipamentos, a Pradozem também estuda investimentos para melhor aproveitar a logística de Bagé. A frente da unidade existe acesso rodoviário com fácil conexão por estradas até para o porto do Rio Grande. Futuramente, a empresa avalia negociar a reativação do ramal bageense com a Rumo Logística, concessionária da malha férrea do Rio Grande do Sul. Juntamente com os serviços de armazenagem e estocagem, a Pradozem opera com o transporte dos grãos em diferentes modais e conta com cerca de 150 funcionários.

Próximas unidades irão a leilão em abril

Dando sequência aos leilões de suas unidades de silagem e armazenagem como forma de quitar dívidas trabalhistas, a Cesa ainda colocará à venda as unidades São Luiz Gonzaga, no dia 2 de abril, e Cachoeira do Sul, no dia 4 de abril. A venda das unidades de Capão do Leão e Cruz Alta ainda não tem datas definidas.
No caso de unidades ofertadas e não negociadas, como Erechim, novos valores serão negociados com o sindicato dos trabalhadores para reduzir o preço e aumentar as chances de vendas, explica o administrador liquidante da Cesa, Cláudio Cava. "Temos interessados em diferentes unidades, que já pediram mais informações sobre quais que serão ofertadas nos próximos leilões", assegura Cava. Os leilões das unidades da Cesa em diferentes cidades gaúchas ocorrem desde 2015 em cumprimento de acordo para quitação dos passivos trabalhistas da estatal, já extinta. Neste ano, os leilões voltaram a ocorrer a partir de fevereiro, com uma lista de ao menos dez ativos e valor global mínimo de quase R$ 70 milhões.