O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (27) que não seria irresponsável de deixar o governo após sofrer a primeira derrota. Ele, no entanto, declarou não ter "apego ao cargo", e afirmou que poderá deixar o governo caso o presidente da República, os partidos e os parlamentares rejeitem sua agenda econômica.
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, a senadora Eliziane Gama (PPS-MA) perguntou se Guedes deixaria o cargo caso a reforma da Previdência seja aprovada com uma economia inferior à meta de R$ 1 trilhão.
O ministro respondeu que acredita na "dinâmica virtuosa" da democracia e declarou que não deixaria o governo na primeira dificuldade. Ele, no entanto, disse que há limites e que o dele será avaliar se está contribuindo com soluções.
"Eu venho para ajudar, aí o presidente não quer, o Congresso não quer. Vocês acham que eu vou brigar para ficar aqui? Estou aqui para servi-los. Não tenho apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como não tenho inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota, não existe isso", respondeu Guedes.