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Economia

- Publicada em 28 de Março de 2019 às 03:00

Juro do cheque especial sobe em fevereiro

Taxa média do rotativo do cartão alcançou 295,5% ao ano

Taxa média do rotativo do cartão alcançou 295,5% ao ano


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Os clientes de instituições financeiras que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram cheque especial pagaram juros mais caros em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). A taxa de juros do cheque especial subiu 2,3 pontos percentuais, em relação a janeiro, ao chegar em 317,9% ao ano no mês passado.

Os clientes de instituições financeiras que caíram no rotativo do cartão de crédito ou usaram cheque especial pagaram juros mais caros em fevereiro, de acordo com dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). A taxa de juros do cheque especial subiu 2,3 pontos percentuais, em relação a janeiro, ao chegar em 317,9% ao ano no mês passado.

As regras do cheque especial mudaram no ano passado. Os clientes que usam mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos passaram a receber a oferta de um parcelamento, com taxa de juros menores que a do cheque especial definida pela instituição financeira.

A taxa média do rotativo do cartão de crédito subiu 8,6 pontos percentuais em relação a janeiro, chegando a 295,5% ao ano em fevereiro. A taxa média é formada com base nos dados de consumidores adimplentes e inadimplentes. No caso do consumidor adimplente, que paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia, a taxa chegou a 274,8% ao ano, com aumento de 11,7 pontos percentuais.

A taxa cobrada dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura (rotativo não regular) subiu 8 pontos percentuais para 310,9% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras parcelam a dívida.

Em abril de 2018, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que clientes inadimplentes no rotativo do cartão de crédito passem a pagar a mesma taxa de juros dos consumidores regulares. Essa regra entrou em vigor em junho deste ano. Mesmo assim, a taxa final cobrada de adimplentes e inadimplentes não será igual porque os bancos acrescentam à cobrança os juros pelo atraso e multa.

As taxas do cheque especial e do rotativo do cartão são as mais caras entre as modalidades oferecidas pelos bancos. A do crédito pessoal, por exemplo, ficou em 122,5% ao ano em fevereiro, mas subiu 6,2 pontos percentuais em relação a janeiro. A taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) permaneceu em 24,2% ao ano.

A taxa média de juros para as famílias subiu 1,9 ponto percentual para 52,2% ao ano. A taxa média das empresas caiu 0,7 ponto percentual, atingindo 19,7% ao ano.

A inadimplência do crédito, considerados atrasos acima de 90 dias, caiu 0,1 ponto percentual tanto para empresas quanto para pessoas físicas e ficou, respectivamente, em 2,8% e 4,7%. Os dados são do crédito livre em que os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado.

No caso do crédito direcionado, que são empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados basicamente aos setores habitacional, rural e de infraestrutura, os juros para as pessoas físicas caíram 0,5 ponto percentual para 7,5% ao ano. A taxa cobrada das empresas caiu 0,1 ponto percentual para 10% ao ano. A inadimplência ficou estável em 1,7% para as pessoas físicas e caiu 0,1 ponto percentual para as empresas, chegando a 1,8%.

O estoque total de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,3% em fevereiro ante janeiro, para R$ 3,241 trilhões. Em 12 meses, houve alta de 5,5%. Em fevereiro ante janeiro, houve elevação de 0,4% no estoque para pessoas físicas e alta de 0,1% para pessoas jurídicas.

O estoque de crédito livre avançou 0,5% em fevereiro, enquanto o de crédito direcionado ficou estável (0,00%). No crédito livre, houve alta de 0,4% no saldo para pessoas físicas no mês passado. Para as empresas, o estoque avançou 0,6% no período.

O total de operações de crédito em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) foi de 47,1% em janeiro para 47,0% em fevereiro.

De acordo com o BC, o estoque das operações de crédito direcionado para habitação no segmento pessoa física cresceu 0,6% em fevereiro ante janeiro, totalizando R$ 602,502 bilhões. Em 12 meses até fevereiro, o crédito para habitação no segmento pessoa física subiu 5,1%.

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