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Economia

- Publicada em 27 de Março de 2019 às 10:10

Dólar supera os R$ 3,90 com cena política e exterior conduzido por cautela

Agência Estado
O dólar abriu esta quarta-feira (27), em forte alta, numa reação tanto à cena política doméstica quanto à cautela no exterior. Lá fora, a moeda americana avança perante todas as principais moedas emergentes, e o investidor busca ativos considerados mais seguros, como o iene e as T-Notes americanas. Às 10h08min, o dólar subia 0,28%, aos R$ 3,867.
O dólar abriu esta quarta-feira (27), em forte alta, numa reação tanto à cena política doméstica quanto à cautela no exterior. Lá fora, a moeda americana avança perante todas as principais moedas emergentes, e o investidor busca ativos considerados mais seguros, como o iene e as T-Notes americanas. Às 10h08min, o dólar subia 0,28%, aos R$ 3,867.
Por aqui, os agentes econômicos assimilam a aprovação, na noite dessa terça-feira (26), na Câmara dos Deputados, de um limite ainda maior para os gastos discricionários do Poder Executivo. A notícia pesa por contradizer o que defende o ministro da Economia, Paulo Guedes, e também pelas circunstâncias em que foi aprovada. Teve o aval de 440 deputados (PSL, inclusive), que em menos de duas horas propuseram a votação e aprovaram a Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Agora, os deputados querem votar uma proposta que limita a edição de medidas provisórias pelo presidente.
O revés de nessa terça à noite remete à reflexão sobre o tamanho do eventual exagero de otimismo que parlamentares e agentes econômicos tiveram, no início do ano, ao acreditar na aprovação da PEC da Previdência pelos deputados até abril.
Também impele à avaliação sobre a habilidade em lidar com os congressistas do presidente Jair Bolsonaro, que foi deputado federal por sete mandatos. Há quem já questione a afirmação do ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, em 4 de fevereiro: "Bolsonaro esteve aqui no Legislativo por 28 anos; conhece como poucos o Congresso".
No mercado de câmbio, os agentes também assimilam o anúncio do Banco Central do fim da tarde desta terça de que realizará leilão de linha de até US$ 3 bilhões que vencerão na virada do mês. Segundo o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, a rolagem era esperada no mercado, mas não de forma unânime.
Na agenda do dia, a atenção seguirá em Brasília. Onyx encontra-se com líderes do Senado, para onde foi a PEC que corta o poder de decisão dos gastos pelo Executivo. O ministro da Economia, Paulo Guedes, também irá ao Senado, depois de desmarcar em cima da hora a audiência de terça na CCJ da Câmara, onde a PEC da Previdência será avaliada em 17 de abril.
No exterior, a queda dos juros dos Treasuries e do Bund alemão, que ajuda a derrubar as bolsas europeias e os índices futuros dos mercados acionários de Nova Iorque, retroalimenta o apetite por ativos considerados mais seguros. A cautela conduz os negócios desde cedo e foi confirmada com a realização de leilão de Bunds (títulos alemães) de dez anos com yield negativo. É a primeira vez que isso acontece desde outubro de 2016.
No início da manhã, a FGV divulgou que a confiança dos empresários do setor da construção caiu 2,5 pontos em março, a maior queda desde junho de 2018. Mesmo movimento teve a confiança do consumidor, que recuou 5,1 pontos em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, para o menor nível desde outubro de 2018. É a segunda queda seguida, perdendo 5,6 pontos, após quatro meses consecutivos de avanço.
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