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Economia

- Publicada em 26 de Março de 2019 às 18:33

Dólar avança com preocupações sobre reforma após Guedes cancelar visita à CCJ

A moeda americana fechou a R$ 3,8675

A moeda americana fechou a R$ 3,8675


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Depois do alívio do pregão de segunda-feira, o mercado de câmbio voltou a se estressar nesta terça-feira (26), com as dúvidas em relação ao andamento da reforma da Previdência, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelar sua visita à Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) na Câmara. Afora uma pequena queda logo na abertura dos negócios, o dólar operou em alta na sessão desta terça-feira e, com máxima de R$ 3,87, fechou a R$ 3,8675, avanço de 0,29%. Com alta de 3,27% em março, em meio à arrancada na semana passada por conta da crise política, o dólar praticamente zerou a queda no ano (-0,21%). Lá fora, o dia foi de leve alta do dólar em relação a pares desenvolvidos e na comparação com divisas emergentes mais próximas do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano.
Depois do alívio do pregão de segunda-feira, o mercado de câmbio voltou a se estressar nesta terça-feira (26), com as dúvidas em relação ao andamento da reforma da Previdência, após o ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelar sua visita à Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) na Câmara. Afora uma pequena queda logo na abertura dos negócios, o dólar operou em alta na sessão desta terça-feira e, com máxima de R$ 3,87, fechou a R$ 3,8675, avanço de 0,29%. Com alta de 3,27% em março, em meio à arrancada na semana passada por conta da crise política, o dólar praticamente zerou a queda no ano (-0,21%). Lá fora, o dia foi de leve alta do dólar em relação a pares desenvolvidos e na comparação com divisas emergentes mais próximas do real, como o peso mexicano e o rand sul-africano.
A ausência de Guedes na CCJ deu lugar a um embate entre oposição e governo na comissão e demonstrou, uma vez mais, as falhas na articulação política do governo Jair Bolsonaro, que, no meio do furacão, encontrou tempo para ir assistir à pré-estreia de um filme de cunho religioso em Brasília. Com o pregão praticamente encerrado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que concordou em pautar a PEC sobre o Orçamento a pedido dos líderes dos partidos. Maia negou, contudo, que se tratava de retaliação ao governo.
Guedes cancelou ida a CCJ alegando que não faria sentido falar sobre Previdência à comissão sem que o relator sobre o tema fosse definido. Coube ao secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, ir à comissão. Em meio a troca de farpas entre oposição e governo, contudo, o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), cancelou a sessão. Depois de pedir votação de requerimento para convocar o ministro, a oposição fechou acordo com o governo para que Guedes vá à Comissão no dia 3 de abril. Já Francischini disse que deve indicar relator da reforma ainda nesta semana.
Para Jayme Ferreira, diretor de câmbio da corretora Intercam, o dólar deve seguir girando acima de R$ 3,85 e pode furar novamente o teto de R$ 3,90 no curto prazo caso não haja uma melhora no relacionamento entre o governo e as principais lideranças na Câmara, em especial o presidente da Casa, Rodrigo Maia. "Se não houver alívio no estresse político, o dólar pode superar R$ 3,90 novamente e até buscar os R$ 4", afirma Ferreira, acrescentando que a indicação de um relator para a CCJ e a ida de Guedes podem, contudo, desanuviar o ambiente.
Diante das tensões na articulação com o Congresso, parece cada vez menos crível que o governo consiga emplacar o texto-base da reforma da Previdência. Até a aprovação de uma versão desidratada ainda no primeiro semestre já é posta em dúvida. Nesta terça-feira, líderes de 13 partidos que formam o bloco informal 'Centrão' divulgaram um documento em que apoiam a reforma da Previdência enviada por Bolsonaro, mas ressaltaram que pretendem retirar dois pontos do texto: as mudanças no benefício assistencial pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda (BPC) e na aposentadoria rural.
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