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Economia

- Publicada em 20 de Março de 2019 às 01:00

Ibovespa cai 1,55% e dólar vai a R$ 3,7676

A quarta-feira de agenda extensa e relevante trouxe expectativa e instabilidade ao mercado brasileiro de ações, que esteve suscetível a uma série de fatores. A apresentação da proposta de reestruturação da Previdência dos militares manteve-se como o principal assunto do dia, mas também dividiu as atenções com as reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (BC) brasileiro. O Ibovespa oscilou em terreno negativo durante quase todo o pregão e fechou em queda firme, de 1,55%, aos 98.041 pontos.
A quarta-feira de agenda extensa e relevante trouxe expectativa e instabilidade ao mercado brasileiro de ações, que esteve suscetível a uma série de fatores. A apresentação da proposta de reestruturação da Previdência dos militares manteve-se como o principal assunto do dia, mas também dividiu as atenções com as reuniões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central (BC) brasileiro. O Ibovespa oscilou em terreno negativo durante quase todo o pregão e fechou em queda firme, de 1,55%, aos 98.041 pontos.
A proposta dos militares foi entregue no Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro, acompanhado pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O documento prevê que as medidas terão impacto de R$ 10,45 bilhões em 10 anos e R$ 33,6 bilhões em vinte anos.
Em uma primeira leitura, os números apresentados foram recebidos com alguma frustração pelo mercado, que esperava uma economia maior. Mas atribuir toda a queda do Ibovespa a esse fator seria exagero, segundo analistas. As bolsas de Nova Iorque fecharam majoritariamente em queda, com destaque para os papéis do setor financeiro, que influenciaram os negócios por aqui. Operadores e analistas afirmam que uma parte da queda pode ser considerada uma realização de lucros, com o mercado corrigindo parte do otimismo dos últimos dias.
Antes da divulgação da proposta dos militares, o Ibovespa havia tido seu pior momento por volta das 13h30. Pesava no momento a influência negativa do mercado norte-americano, que operava na expectativa pelo desfecho da reunião do Federal Reserve. Mas foi justamente o Fed o responsável pelo melhor momento do dia.
Como o esperado, o Fed decidiu manter a taxa de juros na faixa entre 2,25% e 2,50%. A novidade veio nas projeções para a condução da política monetária daqui para frente. O Fed informou que pretende desacelerar o ritmo de alta dos juros - a projeção anterior era de duas altas em 2019. Com isso, o banco central norte-americano promoveu uma melhora nos mercados dos EUA, e o Ibovespa tocou pontualmente o terreno positivo, chegando à máxima de 99.707 pontos ( 0,12%).
As notícias do Fed acabaram firmando o dólar em terreno negativo no meio da tarde de ontem, após uma manhã volátil, em meio ao enfraquecimento global da moeda norte-americana. Depois de descer até a mínima de R$ 3,7391, ao longo da entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, o dólar diminuiu o ritmo de queda na reta final de negócios e terminou a sessão a R$ 3,7676, em baixa de 0,57%. No mercado à vista, o giro somou US$ 1,1 bilhão.
A despeito da queda do dólar hoje, analistas descartam uma onda de fortalecimento expressivo do real no curto prazo, já que ainda há temores em relação à aprovação da reforma da Previdência. Não por acaso, o dólar desacelerou o ritmo de queda após a divulgação da proposta de alteração das regras de aposentadoria dos militares, o que mostra a sensibilidade do mercado em relação ao tema.
O resultado do fluxo cambial em março (até o dia 15) mostra que os investidores estrangeiros seguem ressabiados. Em março, até o dia 15, houve saídas líquidas de US$ 5,973 bilhões pelo canal financeiro. Como entraram US$ 895 milhões pelo lado comercial, o fluxo cambial total no período foi negativo em US$ 5,077 bilhões.
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