O presidente do consórcio Cais Mauá do Brasil, Eduardo Luzardo, garantiu ontem que a instalação provisória, chamada de marco zero, da revitalização do local está confirmada e já começou a ter as primeiras intervenções. A área a ser destinada fica na divisa do cais com a Usina do Gasômetro.
Luzardo explicou que o marco zero, que terá serviços de alimentação em contêineres, espaços de convivência e 600 vagas de estacionamento, que já tem os primeiros trabalhos no terreno, não poderia ficar pronto para o aniversário de Porto Alegre, em 26 de março, que chegou a ser prometido, devido à liberação das licenças e complexidade da execução.
"O marco zero tem importância simbólica e muito grande a todo o resto do complexo. Será a primeira entrega para a população para dar credibilidade ao projeto, mas que tem peculiaridades", destacou o CEO, citando que nas próximas semanas será divulgado um cronograma do consórcio.
Em fevereiro, a iniciativa chegou a ser divulgada pelo prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior, como um presente para a cidade. Mas na quinta-feira passada, ao lançar a programação da Semana da Cidade, com festejos do aniversário, Marchezan informou que os empreendedores não conseguiriam concluir. Em meados de janeiro, o desenho do que teria no marco zero foi levado ao prefeito, segundo Luzardo.
A liberação de licença para as obras saiu em 8 de março. "A licença da Secretaria de Desenvolvimento Econômico saiu em tempo recorde, já que apresentamos o marco zero em janeiro ao prefeito", pontuou o presidente do consórcio. Segundo Luzardo, as aprovações de projetos pelas áreas técnicas da prefeitura eram importantes para dar segurança jurídica aos parceiros do empreendimento.
Depois de emitidas as licenças, o prazo seria de 50 a 60 dias para montagem, calculou o empreendedor, podendo levar mais tempo. Luzardo cita, por exemplo, que uma das condições para implantar o marco zero era ter regulamentação para uso de contêineres, aprovada recentemente pela Câmara de Vereadores.
Após nove anos da assinatura do contrato de concessão do cais, o complexo previsto para a área com shopping, torres comerciais e armazéns restaurados ainda não saiu do papel. As primeiras obras eram previstas para começo de 2018, após entrega da licença de instalação em dezembro do ano anterior.