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mercado financeiro

- Publicada em 18 de Março de 2019 às 01:00

Previdência faz Ibovespa tocar os 100 mil pontos

A inédita marca dos 100 mil pontos do Índice Bovespa foi atingida momentaneamente, pela primeira vez, nesta segunda-feira, em uma evidência de que o mercado brasileiro de ações segue antecipando a aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Pesaram positivamente declarações dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), que reforçaram entre os investidores a percepção de que os esforços necessários para implementar a reforma estão sendo feitos.
A inédita marca dos 100 mil pontos do Índice Bovespa foi atingida momentaneamente, pela primeira vez, nesta segunda-feira, em uma evidência de que o mercado brasileiro de ações segue antecipando a aprovação da reforma da Previdência no Congresso. Pesaram positivamente declarações dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), que reforçaram entre os investidores a percepção de que os esforços necessários para implementar a reforma estão sendo feitos.
O índice oscilou em terreno positivo desde a abertura, com boa contribuição do mercado internacional, que se mostrou favorável à tomada de risco. A chegada à esperada pontuação ocorreu às 14h50min, e o índice manteve-se ao redor desse patamar até as 14h56min, depois de ter atingido máxima aos 100.037 pontos ( 0,91). Em seguida, perdeu parte do fôlego e fechou aos 99.993 pontos, em novo recorde histórico, com alta de 0,86%.
A superação pontual da resistência psicológica ocorreu poucos minutos após declarações do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que, entre outros pontos, disse não ter dúvidas de que a reforma da Previdência será aprovada ainda no primeiro semestre. Em entrevista, admitiu dificuldades na articulação com parlamentares, mas disse que é preciso "ter paciência". O ministro confirmou que a proposta de Previdência dos militares será enviada ao Congresso amanhã.
"O índice ainda não fechou acima dos 100 mil pontos, mas essa é uma questão de tempo. A chegada a esse patamar hoje (segunda-feira) é resultado da maior visibilidade da reforma, que tem promovido uma diminuição das incertezas. Uma vez aprovada, a bolsa será o mercado que mais irá se beneficiar desse cenário transformacional", disse Karel Luketic, analista-chefe da XP Investimentos.
Para Mario Mariante, chefe de análise da Planner Corretora, a alta vista nesta segunda-feira e nos últimos dias é um sinal claro de que o mercado já antecipa a reforma da Previdência, baseado em argumentos concretos. "O governo passa a colocar maior pressão sobre os parlamentares, o cenário externo se mostra mais tranquilo, e o noticiário corporativo é positivo para a maioria das blue chips", disse.
Bolsa

Cotação do dólar à vista tem queda de 0,76%

O dólar fechou em queda de 0,76%, cotado em R$ 3,7914, o menor valor desde 1 de março. Profissionais de câmbio ressaltam que a moeda acompanhou aqui o enfraquecimento do dólar no mercado internacional nesta segunda-feira, em meio às expectativas pela reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que começa hoje e pode reduzir a previsão para as altas de juros nos Estados Unidos. O fluxo de recursos externos na tarde desta segunda-feira, para aplicações na B3, segundo operadores, também ajudou a divisa a cair abaixo do nível de R$ 3,80, patamar que estava se mostrando importante piso para a moeda.
Apesar do noticiário positivo sobre a reforma, não houve fatos novos sobre o tema, e a economista-chefe da Reag Investimento, Simone Pasianotto, ressalta que a queda do dólar reflete, principalmente, o recuo da moeda norte-americana no exterior, em meio às expectativas de que o Fed vai reduzir a previsão de alta dos juros nos EUA. A moeda norte-americana perdeu valor ante divisas de emergentes, como o peso do México (-0,75%) e o da Colômbia (-0,67%), e o rublo da Rússia (-0,71%). Entre moedas fortes, a libra teve outro dia de queda forte ante o dólar.