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Economia

- Publicada em 11 de Março de 2019 às 22:20

Mercado se anima com propostas de Guedes

Ministro da Economia disse que mudanças nas regras serão aprovadas

Ministro da Economia disse que mudanças nas regras serão aprovadas


CARL DE SOUZA/AFP/JC
A bolsa brasileira subiu com força ontem com investidores animados em relação à reforma da Previdência e a uma proposta do governo de ampla desvinculação orçamentária. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, avançou 2,79%, cotado a 98.026 mil pontos. O ganho diário foi o segundo maior do ano, inferior apenas aos 3,56% registrados em 2 de janeiro. Com esse resultado, o indicador passa a contabilizar alta de 2,56% em março, mês que aponta, ainda, um saldo de investimentos estrangeiros próximo do equilíbrio.
A bolsa brasileira subiu com força ontem com investidores animados em relação à reforma da Previdência e a uma proposta do governo de ampla desvinculação orçamentária. O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas, avançou 2,79%, cotado a 98.026 mil pontos. O ganho diário foi o segundo maior do ano, inferior apenas aos 3,56% registrados em 2 de janeiro. Com esse resultado, o indicador passa a contabilizar alta de 2,56% em março, mês que aponta, ainda, um saldo de investimentos estrangeiros próximo do equilíbrio.
Já o dólar engatou a segunda queda consecutiva e fechou no maior ritmo de baixa (-0,75%) em 15 dias, cotado em R$ 3,8409. Após bater em R$ 3,90 na semana passada, investidores seguiram desmontando posições compradas em dólar, aquelas que ganham com a alta da moeda norte-americana, em meio ao otimismo com a reforma da Previdência, com a confirmação da instalação nesta quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, onde a medida inicia sua tramitação no Congresso. O exterior mais positivo também ajudou, com o dólar recuando ante moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand, da África do Sul.
O mercado local gostou do tom otimista do ministro da Economia, Paulo Guedes, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo de domingo. Guedes afirmou que as mudanças nas regras para aposentadoria serão aprovadas. Ele admitiu que negociações no texto são possíveis, mas reforçou que o piso da economia a ser gerada é de R$ 1 trilhão.
O ministro disse, ainda, que o governo não vai aguardar o encerramento da tramitação da reforma da Previdência para enviar ao Congresso proposta que prevê ampla desvinculação do orçamento.
Em discurso de posse, em janeiro, Guedes chegou a tratar a ideia como um plano B para o caso de não aprovar a reforma da Previdência.
Na entrevista deste domingo, entretanto, ele afirmou que o texto ganhou vida própria diante do rombo nas contas dos estados e dos municípios. "O assunto vinha no sentido de que seria um plano B, mas ele deixou claro que não, que será levado adiante. É necessário, 93% dos gastos do governo são rígidos. Mesmo com a reforma da Previdência, em 10 anos, cairia para algo em torno de 87%, é um orçamento muito rígido", afirma Victor Candido, economista-chefe da Guide Investimentos.
Guedes disse que a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da desvinculação orçamentária será entregue para tramitação inicial no Senado "o mais rápido possível". A proposta de reforma na Previdência, por sua vez, tem análise que se inicia na Câmara dos Deputados.
Segundo Vicente Matheus Zuffo, gestor de fundos da SRM, o mercado teve um "choque de otimismo" no curto prazo também após encontro de Jair Bolsonaro (PSL) com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A expectativa é que a CCJ que vai analisar o texto da Previdência seja instalada nesta quarta-feira. O governo espera com ansiedade o início dos trabalhos da comissão, já que é por ela que passará primeiro a proposta de emenda constitucional.
Os líderes partidários começaram a indicar os nomes para o colegiado nesta segunda-feira. Conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo, o grupo da articulação política do Planalto diz que espera contar com a ajuda de Maia para convencê-los a indicar deputados que "tenham carinho" pela reforma.
"A negociação com os partidos para aprovação da reforma começa nesta semana, e tudo indica que vai ter um bom andamento", disse Zuffo.
O entusiasmo do investidor com a reforma e o ajuste fiscal promoveu uma alta praticamente generalizada no Ibovespa, com quase todas as blue chips registrando ganhos acima de 3%. As altas mais representativas ficaram com as ações do setor financeiro. O IFNC, que congrega 17 papéis do setor, terminou o dia em alta superior à do Ibovespa, de 3,31%. Nesse grupo, o destaque ficou com os papéis do Bradesco e da B3, que avançaram mais de 4%.
As ações do chamado "kit Brasil", ou "kit privatização", também mostraram força. Eletrobras PNB avançou 5,52%, Petrobras PN ganhou 4,05% e Banco do Brasil ON subiu 3,07%. Os papéis da Petrobras também reagiram à alta dos preços do petróleo e à notícia de sexta-feira sobre nova etapa do plano de desinvestimento da companhia.
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