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Economia

- Publicada em 08 de Março de 2019 às 18:52

Dólar volta a cair hoje, mas tem pior semana desde agosto de 2018

Moeda acumulou alta de 2,35% na semana

Moeda acumulou alta de 2,35% na semana


VISUALHUNT/DIVULGAÇÃO/JC
Agência Estado
Após quatro altas consecutivas, o dólar caiu nesta sexta-feira (8), e fechou em baixa de 0,35%, a R$ 3,8701. A moeda, porém, acumulou alta de 2,35% na semana, que foi mais curta por causa do feriado de carnaval - foi a maior valorização desde a terceira semana de agosto do ano passado (+4,89%). O enfraquecimento quase generalizado da moeda americana no exterior hoje, após a divulgação da fraca criação de vagas no mercado de trabalho dos Estados Unidos em fevereiro, e declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a reforma da Previdência, contribuíram para o desmonte de posições mais defensivas no mercado de câmbio, sobretudo de investidores estrangeiros, que já começaram ontem a reduzir apostas compradas em dólar, que ganham com a alta da divisa.
Após quatro altas consecutivas, o dólar caiu nesta sexta-feira (8), e fechou em baixa de 0,35%, a R$ 3,8701. A moeda, porém, acumulou alta de 2,35% na semana, que foi mais curta por causa do feriado de carnaval - foi a maior valorização desde a terceira semana de agosto do ano passado (+4,89%). O enfraquecimento quase generalizado da moeda americana no exterior hoje, após a divulgação da fraca criação de vagas no mercado de trabalho dos Estados Unidos em fevereiro, e declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a reforma da Previdência, contribuíram para o desmonte de posições mais defensivas no mercado de câmbio, sobretudo de investidores estrangeiros, que já começaram ontem a reduzir apostas compradas em dólar, que ganham com a alta da divisa.
Um dos fatores que estressou o mercado de câmbio esta semana foi o fato de Bolsonaro ter deixado de lado a Previdência em suas postagens durante o Carnaval, preferindo falar sobre costumes. Mas desde ontem à noite ele vem publicamente falando do tema nas redes sociais e em declarações em eventos, o que tem agradado os investidores. "Ainda é uma defesa incipiente, mas foi um primeiro passo importante que o mercado vinha cobrando", afirma o sócio estrategista da Tag Investimentos, Dan Kawa.
Para Kawa, o mercado quer ver progresso na reforma e ter a sinalização de que o texto vai mesmo ser votado neste primeiro semestre. Bolsonaro disse hoje apostar nessa possibilidade. No final da tarde, em entrevista ao Estado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que mapeamento do governo indica que faltam 48 votos para o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) da reforma alcançar os 308 votos necessários e ser aprovado na Câmara. "Sem Previdência, o Brasil pega fogo", disse o ministro.
No exterior, o relatório de emprego dos EUA mostrou criação de apenas 20 mil vagas em fevereiro e renovou preocupações no mercado financeiro internacional da perda de fôlego da economia mundial. Antes, dados fracos das exportações chinesas já haviam ligado o sinal vermelho nas mesas de operação, especialmente após revisões para baixo nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.
Os economistas do JPMorgan avaliam que a criação de vagas pode ter sido afetada pelo inverno rigoroso e pela paralisação do governo americano, mas os números não deixam de mostrar que o mercado de trabalho americano está perdendo fôlego. Assim, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve seguir sem elevar os juros ao menos até dezembro, prevê o banco. A expectativa do JP é que o crescimento do PIB americano tenha desaceleração para a casa do 1,5% neste primeiro trimestre, mas ainda é preciso esperar novos indicadores. Com a divulgação do payroll, o dólar hoje caiu ante emergentes, como Argentina (-2,86%), África do Sul (-0,44%) e México (-0,29%), e também ante moedas fortes. O índice DXY, que mede a moeda americana ante países desenvolvidos, recuava 0,33%.
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