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Economia

- Publicada em 05 de Março de 2019 às 21:45

Serviços no turno inverso a escolas avançam

No Coreto, alunos vivenciam múltiplas artes, diz a proprietária Marcelle

No Coreto, alunos vivenciam múltiplas artes, diz a proprietária Marcelle


/CLAITON DORNELLES/JC
Pedro Carrizo
No Rio Grande do Sul, o ano letivo das escolas de Ensino Fundamental e Médio começou com queda no número de estudantes matriculados em tempo integral. Segundo dados do Censo Escolar de 2018, publicado em janeiro deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Estado foi o que sofreu a maior queda nas matrículas de tempo integral no Ensino Médio. Além disso, o Censo Escolar aponta que o número total de alunos estudando em tempo integral, considerando os dois níveis de educação, caiu de 4,2 milhões, em 2017, para 3,1 milhões no ano seguinte.
No Rio Grande do Sul, o ano letivo das escolas de Ensino Fundamental e Médio começou com queda no número de estudantes matriculados em tempo integral. Segundo dados do Censo Escolar de 2018, publicado em janeiro deste ano pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Estado foi o que sofreu a maior queda nas matrículas de tempo integral no Ensino Médio. Além disso, o Censo Escolar aponta que o número total de alunos estudando em tempo integral, considerando os dois níveis de educação, caiu de 4,2 milhões, em 2017, para 3,1 milhões no ano seguinte.
Nesse cenário, cresce, no Rio Grande do Sul, a procura por espaços que contemplem o turno inverso ao escolar, seja para facilitar a vida dos pais ou combater o ócio infantojuvenil. Atenta à demanda, Marcelle Schröer abriu mão de um emprego com carteira assinada e resolveu empreender. Uniu o sonho de montar uma escola de música à necessidade que identificou de os pais não terem onde deixar os filhos no contraturno escolar. Assim, nasceu o Coreto - Espaço Multicultural.
Localizado no bairro Medianeira, em Porto Alegre, o Coreto abriu as portas no dia 4 de fevereiro deste ano e oferece quatro salas de aula destinadas a oficinas, dinâmicas e aulas de instrumentos musicais - como teclado, violão, cajón, pandeiro, flauta, entre outros. Tem, também, a área de convivência, preparada para que os estudantes possam fazer os temas, descansar, lanchar e conversar com os colegas. "Fugimos da nomenclatura de escola de música, porque o objetivo não é fazer uma hora de aula de instrumento de ir embora, mas sim misturar as artes e proporcionar o convívio durante todo o turno", diz Marcelle, que pretende incluir, em breve, teatro, dança, desenho e pintura.
Por se tratar de um espaço multicultural, não há uma rotina orientada por monitores. Por isso, a fatia de mercado à qual o Coreto se propõe a atender é a partir dos 10 anos, quando a criança não conta mais com o turno inverso, seja na escola ou nas empresas privadas. "A maioria atende, justamente, até 10, 11 anos, ou seja, até o 5º ano do Ensino Fundamental, e, depois disso, os pais ficam sem opções", diz Marcelle. O horário de fundamento é das 9h às 12h30min e das 13h30min às 19h.
"Porto Alegre tem um mercado muito promissor nesta área da educação. Tem demanda e poucos estabelecimentos. Este foi um dos motivos que nos levou a investir", diz Jeniffer Duarte, sócia do Villa Domi, espaço que abriu há um ano no bairro Boa Vista para oferecer serviços no turno inverso das aulas escolares. "As crianças, aqui, desenvolvem cognição, motricidade e inteligência emocional através de atividades lúdicas, inclusivas e artísticas", acrescenta Jeniffer.
O local oferece almoço, reforço escolar, espaço para o tema, consultório de psicologia e oficinas de arte diárias, contemplando o tempo vago das crianças (de seis a 12 anos), em pacotes mensais ou diários. 
Pioneiro em serviços de turno inverso para crianças de cinco a 10 anos, o espaço Motiva Ação, localizado na rua Dona Laura, inaugurou há 15 anos e, desde então, trabalha o desenvolvimento motor dos pequenos. "O cronograma do turno inverso da Motiva Ação é esportivo. São 18 atividades que abrangem todos os tipos de jogos, desde que não sejam eletrônicos", diz Giana da Silva, sócia e diretora administrativa do empreendimento. Entre as atividades estão natação, capoeira e judô.
Atualmente, o espaço atende 130 crianças, e a maioria delas é de escolas particulares, como Rosário, Bom Conselho, Farroupilha, Monteiro Lobato, Província de São Pedro e Leonardo da Vinci. "Quando começamos a operar, os pais nem sabiam o que era o turno inverso. Nos últimos anos, tem se popularizado, com a abertura de novas empresas nesse ramo, que competem com serviços dos próprios colégios", acrescenta Giana.
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