Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 01 de Março de 2019 às 18:50

Dólar sobe para R$ 3,7812 e atinge maior cotação em mais de um mês

Na semana, acumulou alta de 1,09%

Na semana, acumulou alta de 1,09%


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Agência Estado
Uma mistura de preocupações com a desidratação da reforma da Previdência, dólar forte no exterior e antecipação de compra da moeda americana por causa do feriado prolongado do carnaval, que mantém o mercado fechado no Brasil, mas aberto em outros países, fez o dólar fechar a sexta-feira (1), no maior valor desde o dia 22 de janeiro, quando terminou em R$ 3,80. No final da sessão, o dólar subiu 0,74%, para R$ 3,7812. Na semana, acumulou alta de 1,09%.
Uma mistura de preocupações com a desidratação da reforma da Previdência, dólar forte no exterior e antecipação de compra da moeda americana por causa do feriado prolongado do carnaval, que mantém o mercado fechado no Brasil, mas aberto em outros países, fez o dólar fechar a sexta-feira (1), no maior valor desde o dia 22 de janeiro, quando terminou em R$ 3,80. No final da sessão, o dólar subiu 0,74%, para R$ 3,7812. Na semana, acumulou alta de 1,09%.
Pela manhã, o dólar chegou a encostar em R$ 3,80. Na parte da tarde, a alta perdeu um pouco de força, por conta da venda da moeda por exportadores. Membros do governo tentaram minimizar, sem sucesso, as declarações de quinta-feira de Jair Bolsonaro, que admitiu a jornalistas rever pontos essenciais da proposta, como a idade mínima de aposentadoria das mulheres. O economista e ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que não dá para o impacto fiscal da reforma ser menor do que o R$ 1 trilhão previsto pelo governo no texto entregue no Congresso.
O vice-presidente Hamilton Mourão disse que Bolsonaro foi "mal interpretado". Já o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), afirmou que o presidente apenas sinalizou disposição de negociar a idade mínima. Mesmo assim, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos, um termômetro do risco-país, subiu para 158 pontos, ante 155 do fechamento de quinta.
"A proposta de reforma foi bem recebida, mas o risco de desidratação é agora percebido como alto", ressalta o economista em Nova York da Continuum Economics, Pedro Tuesta. Outro ponto que preocupa é a falta de uma estratégia clara do governo para negociar com o Congresso, ressalta ele.
O economista da Capital Economics, William Jackson, avalia que os recentes desdobramentos em torno da reforma indicam que a oposição ao texto está crescendo. Ele ressalta que, além da idade mínima, parlamentares têm mostrado oposição forte às mudanças nos benefícios para idosos e deficientes de baixa renda, conhecidos como BPC, e na aposentadoria rural, pontos que ajudariam a reduzir de forma importante a economia fiscal do texto. A Capital Economics prevê que o dólar pode testar níveis perto de R$ 4,00 em meio às dificuldades do texto no Congresso.
No exterior, o dólar subiu tanto perante divisas fortes, como o euro, como em relação aos emergentes, como a lira turca (+0,65%) e o rand da África do Sul (+1,23%). Entre as razões para o fortalecimento, estão a perspectiva de avanço das negociações comerciais entre a China e os EUA, após notícias de que a Casa Branca já começou os preparativos para uma reunião em breve entre os dois presidentes.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO