Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 28 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Crise da Venezuela afeta as exportações gaúchas, mostra estudo

Venezuelanos importavam produtos como tratores, carrocerias de ônibus e outros itens

Venezuelanos importavam produtos como tratores, carrocerias de ônibus e outros itens


/MARCO QUINTANA/JC
A grave crise político-econômica da Venezuela, com pouca diversificação da economia, dependência do petróleo e isolamento geopolítico do país mostra que não há perspectiva de retomada do comércio do Estado com um parceiro que já se mostrou importante na pauta de exportações da indústria gaúcha.

A grave crise político-econômica da Venezuela, com pouca diversificação da economia, dependência do petróleo e isolamento geopolítico do país mostra que não há perspectiva de retomada do comércio do Estado com um parceiro que já se mostrou importante na pauta de exportações da indústria gaúcha.

A análise da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), divulgada nesta quinta-feira, registra que as exportações brasileiras passaram de cerca de US$ 5 bilhões em 2012 (quando a Venezuela era nosso 8º maior destino) para menos de US$ 600 milhões no ano passado (tornando-se o 51º maior comprador). Mesmo o Rio Grande do Sul tendo importante participação nas vendas para o país, houve uma diminuição de comercialização de produtos industriais.

A mudança de pauta tem como consequência a queda de valores. As exportações do Rio Grande do Sul para a Venezuela, em média de US$ 300 milhões, alcançaram US$ 145 milhões no ano passado.

"A pauta era variada com alimentos, carrocerias de ônibus, tratores, móveis, calçados e polímeros, e representavam 11,1% em média do total exportado pelo Brasil. No último ano, apesar de responder por 25% das exportações brasileiras para a Venezuela, houve uma diminuição drástica das compras assim como mudança da pauta para produtos alimentícios e bens de consumo não duráveis", ressalta o presidente da Fiergs, Gilberto Petry.

O Rio Grande do Sul também tem relação tradicionalmente superavitária com a Venezuela. Conforme a análise divulgada pela Fiergs, nos últimos 10 anos, à exceção de 2010, 2013 e 2014, quando nossas importações de petróleo foram excepcionalmente grandes, as exportações superaram as compras para o país.

Se em 2013 compramos US$ 665 milhões, no ano passado, esse valor chegou a somente US$ 15,3 milhões. Os números revelam que o tradicional destino de cadeias produtivas mais avançadas e de maior valor agregado no Estado, a Venezuela levará tempo para recuperar a pujança que demonstrou há menos de uma década.

Da mesma forma, a indústria do Rio Grande do Sul perde muito com a situação interna do país, no qual já teve um dos principais parceiros comerciais.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO