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Governo do Estado

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2019 às 22:12

Leite descarta novos incentivos fiscais à General Motors

Governador articula a utilização do porto do Rio Grande para resolver problemas logísticos da empresa

Governador articula a utilização do porto do Rio Grande para resolver problemas logísticos da empresa


/GUSTAVO MANSUR/PALÁCIO PIRATINI/JC
O governador Eduardo Leite afirmou ontem que não pretende dar novos incentivos fiscais para a General Motors (GM) de Gravataí. Segundo ele, o governo gaúcho articula uma solução de logística para ajudar a empresa, viabilizando o uso do Porto de Rio Grande. Leite participou em São Paulo de painel no 20º CEO Brasil 2019 Conference, promovido pelo BTG Pactual, que contou com a presença dos governadores de São Paulo, João Doria, e de Goiás, Ronaldo Caiado.
O governador Eduardo Leite afirmou ontem que não pretende dar novos incentivos fiscais para a General Motors (GM) de Gravataí. Segundo ele, o governo gaúcho articula uma solução de logística para ajudar a empresa, viabilizando o uso do Porto de Rio Grande. Leite participou em São Paulo de painel no 20º CEO Brasil 2019 Conference, promovido pelo BTG Pactual, que contou com a presença dos governadores de São Paulo, João Doria, e de Goiás, Ronaldo Caiado.
A GM negocia tanto com o governo de São Paulo quanto com o do Rio Grande do Sul uma saída para viabilizar a volta dos lucros da empresa. Há algumas semanas, a empresa enviou uma carta aos funcionários das fábricas informando que sairia do País caso não revertesse os prejuízos.
Leite ressaltou que a maior parte das negociações ocorre com São Paulo, que é quem será determinante para a permanência da GM no Brasil. Mas destacou que tenta identificar, com a empresa, os motivos pelos quais a utilização do Porto de Rio Grande foi descartada.
"Estamos articulando a questão do Porto de Rio Grande, que eles deixaram de usar, passaram a usar um porto em Santa Catarina. Estamos identificando, do ponto de vista logístico, o que o porto ofereceu de dificuldades para eles desistirem do uso, para que a gente possa corrigir. Estamos discutindo esses pontos logísticos, mais do que questões de benefícios fiscais", disse.
A produção na fábrica de Gravataí está paralisada desde a semana passada e se estende até o dia 11 de março para ajustes na linha e na manutenção. A parada faz parte da preparação da unidade para receber a nova plataforma de carros da montadora. Os funcionários entraram em férias coletivas, assim como os trabalhadores das fornecedoras, chamadas de sistemistas, que ficam no Centro Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag).

'Vamos manter o banco público', diz governador gaúcho

O governador Eduardo Leite afirmou ontem que a privatização do Banrisul não é uma prioridade para o governo. O Estado foca em resolver os problemas estruturais, como pessoal e Previdência, e em vender estatais que dão prejuízo, como a CEEE, CRM e a Sulgás. A expectativa é de que essas três estatais rendam entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões.
Leite explicou que o banco estadual é superavitário e que a privatização não é vista como necessária, do ponto de vista estratégico. O governo discute a venda de excedentes acionários do banco, mas mantendo o controle estadual: "Vamos manter o banco público", afirmou.
Ele destacou que a decisão de não vender não atrapalha a negociação com o governo federal, em relação ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). "Não é uma exigência, o governo federal quer ver de forma legítima um plano de recuperação fiscal consistente", disse, emendando que o Estado quer combater os problemas estruturais e que a venda de patrimônio só resolveria o curto prazo.
A venda de outras três estatais está nos planos para o primeiro semestre de 2020. Para privatizar a CEEE, a CRM e a Sulgás, o Estado terá, primeiro, que aprovar uma emenda à Constituição na Assembleia Legislativa para retirar da Constituição Estadual um artigo que exige plebiscito para a privatização de estatais. Depois, precisa da autorização do Legislativo para a venda efetiva.