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Economia

- Publicada em 27 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Juro no crédito livre sobe a 37,7% em janeiro

Cerca de 6,2 milhões de pessoas migraram para empréstimo parcelado

Cerca de 6,2 milhões de pessoas migraram para empréstimo parcelado


/JOÃO MATTOS/ARQUIVO/JC
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 35,6% ao ano em dezembro para 37,7% ao ano em janeiro, informou ontem o Banco Central (BC). Em janeiro de 2018, essa taxa estava em 41,1% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 48,9% para 51,4% ao ano de dezembro para janeiro, enquanto para pessoa jurídica foi de 18,8% para 20,2% ao ano.
A taxa média de juros no crédito livre subiu de 35,6% ao ano em dezembro para 37,7% ao ano em janeiro, informou ontem o Banco Central (BC). Em janeiro de 2018, essa taxa estava em 41,1% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 48,9% para 51,4% ao ano de dezembro para janeiro, enquanto para pessoa jurídica foi de 18,8% para 20,2% ao ano.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa passou de 312,6% ao ano para 315,6% ao ano de dezembro para janeiro. No crédito pessoal, a taxa passou de 41,7% para 43,8% ao ano.
Desde julho do ano passado, os bancos estão oferecendo um parcelamento para dívidas no cheque especial. A opção vale para débitos superiores a R$ 200,00. A expectativa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) era de que essa migração do cheque especial para linhas mais baratas acelerasse a tendência de queda do juro cobrado ao consumidor.
Em janeiro, 1,07 milhão de clientes migrou do cheque especial rotativo para o empréstimo parcelado, a juros mais baixos, informou a Febraban. O volume de clientes que migrou para essa linha de crédito equivale a um aumento de 32% na comparação com o mês anterior, segundo levantamento feito com 12 bancos, que representam cerca de 90% do mercado brasileiro deste produto. Segundo a entidade, desde julho, quando entraram em vigor as novas regras de autorregulação da federação para o assunto, 6,2 milhões de pessoas já optaram pela mudança de linha de crédito.
Os dados divulgados pelo BC mostraram ainda que, para aquisição de veículos, os juros foram de 21,7% ao ano em dezembro para 22,4% em janeiro. A taxa média de juros no crédito total, que inclui operações livres e direcionadas (com recursos da poupança e do Bndes), foi de 23,2% ao ano em dezembro para 24,7% ao ano em janeiro. Em janeiro de 2018, estava em 25,6%.
Já o Indicador de Custo de Crédito (ICC) subiu 0,3% em janeiro ante dezembro, aos 20,8% ao ano. O percentual reflete o volume de juros pagos, em reais, por consumidores e empresas no mês, considerando todo o estoque de operações, dividido pelo próprio estoque. Na prática, o indicador reflete a taxa de juros média efetivamente paga pelo brasileiro nas operações de crédito contratadas no passado e ainda em andamento.
O spread bancário médio no crédito livre subiu de 27,8 pontos percentuais em dezembro para 30,2 pontos percentuais em janeiro, informou o BC. O spread médio da pessoa física no crédito livre foi de 40,7 para 43,5 pontos percentuais no período. Para pessoa jurídica, o spread médio passou de 11,5 para 13,1 pontos percentuais.
O spread médio do crédito direcionado foi de 3,7 para 4,3 pontos percentuais de dezembro para janeiro. Já o spread médio no crédito total (livre e direcionado) passou de 17,0 para 18,6 pontos percentuais no período.
A taxa de inadimplência no crédito livre subiu de 3,8% em dezembro para 4,0% em janeiro, informou o BC. Em janeiro de 2018, a taxa estava em 5,0%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência permaneceu em 4,8%. Para as empresas, a taxa foi de 2,7% para 2,9%.
A inadimplência do crédito direcionado passou de 1,7% para 1,8% na passagem de dezembro para janeiro. Já o dado que considera o crédito livre mais o direcionado mostra que a taxa de inadimplência foi de 2,8% para 2,9%.
O endividamento das famílias com o sistema financeiro ficou estável em 42,5% em dezembro, mesmo patamar de novembro. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento foi de 24,1% em dezembro, como em novembro.
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