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Economia

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Senado aprova Campos Neto no Banco Central

Para economista, tecnologias vão aumentar a concorrência bancária

Para economista, tecnologias vão aumentar a concorrência bancária


/PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO/JC
O plenário do Senado aprovou ontem, por 55 a seis, o nome de Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central (BC). Mais cedo, ele já havia sido sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Agora, a aprovação será comunicada à presidência da República, para oficialização.
O plenário do Senado aprovou ontem, por 55 a seis, o nome de Roberto Campos Neto para a presidência do Banco Central (BC). Mais cedo, ele já havia sido sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Agora, a aprovação será comunicada à presidência da República, para oficialização.
Durante sabatina na CAE, Campos Neto foi questionado sobre o baixo crescimento do País, mesmo com a Selic (a taxa básica de juros) no piso histórico. Em resposta aos senadores, disse que "a coisa mais importante para o crescimento é a estabilidade de preços". "Nos países onde se sacrificou inflação por crescimento, a expansão da atividade durou pouco e depois houve recessão. Isso aconteceu também no Brasil", acrescentou.
Campos Neto afirmou que o controle da inflação é necessário para o crescimento de longo prazo do País. Ele disse ainda que o País não pode deixar se seduzir pela falácia do estímulo inflacionário e da intervenção estatal. "Afinal, como demonstra a literatura econômica, não existe incompatibilidade entre estabilidade de preços e desenvolvimento econômico", afirmou ele. "Ao contrário, a literatura sugere, e nossa experiência histórica comprova, que o controle da inflação é condição necessária para o crescimento de longo prazo, que se materializa por meio do aumento da produtividade da economia e gera ganhos de bem-estar para a população."
O economista admitiu ainda o alto nível de concentração bancária no Brasil, mas defendeu que as novas tecnologias serão fundamentais para o aumento da concorrência e a redução de juros e do spread bancário. Apesar de reconhecer que o setor bancário no Brasil é concentrado, ele alegou que ainda assim existe competição. "Precisamos distinguir competição e concentração. Na crise de 2008, vários países aceitaram uma troca de mais concentração por mais segurança", afirmou. "Vários governos estimularam isso no sentido de um sistema mais concentrado, porém mais sólido."
Campos Neto sinalizou ainda, em vários momentos da sabatina, a intenção de estimular as novas tecnologias no setor financeiro, como forma de intensificar a concorrência. "O maior instrumento democratizante do século está aqui (mostrou o celular), a tecnologia. É importante os senadores entenderem que, se há estímulo à tecnologia, e intermediação grande, a tecnologia será a maior plataforma para desintermediação."
O Senado também aprovou, por 51 a três, o nome de Bruno Serra Fernandes para a Diretoria de Política Monetária do BC. Mais cedo, ele já havia sido sabatinado na CAE. A aprovação será comunicada à presidência da República.
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