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Economia

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2019 às 22:22

Pacto Alegre focará os desafios da prefeitura da Capital

Silva Filho estima em no máximo seis os projetos-chave que receberão maior atenção do grupo

Silva Filho estima em no máximo seis os projetos-chave que receberão maior atenção do grupo


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Guilherme Daroit
Quando ganhar as ruas definitivamente, em 26 de março, o Pacto Alegre já deverá estar com diversos projetos prontos para rodar. Mais do que isso, essas iniciativas terão de estar direcionadas a problemas e dificuldades reais de Porto Alegre. Para ajudar nessa tarefa, o prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior, e seus secretários apresentaram ontem dados e estatísticas sobre a cidade aos participantes do arranjo, que busca a integração entre academia, poder público e empresas para transformar Porto Alegre em um ecossistema de inovação.
Quando ganhar as ruas definitivamente, em 26 de março, o Pacto Alegre já deverá estar com diversos projetos prontos para rodar. Mais do que isso, essas iniciativas terão de estar direcionadas a problemas e dificuldades reais de Porto Alegre. Para ajudar nessa tarefa, o prefeito da Capital, Nelson Marchezan Júnior, e seus secretários apresentaram ontem dados e estatísticas sobre a cidade aos participantes do arranjo, que busca a integração entre academia, poder público e empresas para transformar Porto Alegre em um ecossistema de inovação.
"Queremos dividir conhecimento para que todos possam sugerir projetos condizentes com a realidade da cidade, não fazer algo em uma sala com cinco ou seis pessoas", comentou Marchezan durante sua apresentação. O Pacto Alegre, defende o prefeito, precisa ter como objetivo beneficiar todos os 1,5 milhão de porto-alegrenses.
Nessa linha, quando falava dos maiores gargalos na mobilidade urbana, Marchezan enfatizou os problemas do transporte público coletivo. "Patinetes, bicicletas compartilhadas, é tudo muito legal, mas a vida de quem precisa do serviço público acontece no transporte coletivo, que é o grande desafio", provocou o prefeito, lembrando que os novos serviços fizeram diminuir o número de viagens de trechos curtos que, indiretamente, subsidiavam os passageiros de regiões mais afastadas do Centro.
Na saúde, a ênfase da apresentação foi dada aos esforços na área hospitalar em Porto Alegre. Segundo dados da prefeitura, 67% dos recursos municipais para a área são destinados ao atendimento especializado e hospitalar, enquanto apenas 15% é investido em atenção primária e prevenção, indicador que passa de um terço em outras capitais como Curitiba e São Paulo. O envelhecimento da população e hábitos de vida dos porto-alegrenses apontados em pesquisa, como 41% de sedentarismo entre os homens, o consumo de refrigerante mais de cinco dias na semana por 52% dos entrevistados e a grande parcela de tabagistas também foram evocadas como desafios ao serviço público na área da saúde.
Outros temas apresentados foram a dificuldade de caixa para investimentos e prestação de serviços por parte da prefeitura, o fato de mais da metade do funcionalismo municipal já estar aposentado e a necessidade, na visão do poder público, de mudanças na educação pública para melhoria na formação dos estudantes.
Diretor da Escola de Engenharia da Ufrgs e integrante do Comitê Executivo do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto Silva Filho saudou a iniciativa como mais um passo para a construção do arranjo. "É importante conhecer a cidade, pois sem entender o plano de fundo não há como avançar", comentou, após o fim da apresentação. O professor ainda utiliza metáfora futebolística para explicar o papel do Pacto na organização das instituições da cidade. "Temos muitos craques, mas não temos um sistema de jogo, então cada um vinha jogando como bem entendia", defende Silva Filho, que espera que o planejamento conjunto das ações transformem Porto Alegre em um polo de inovação.
Apresentado em novembro de 2018, o Pacto Alegre será lançado efetivamente no aniversário da Capital, quando será instituída a mesa do arranjo. Formada por 75 instituições, entre universidades, poder público, empresas e entidades, o grupo será o órgão máximo do Pacto e terá, como uma das primeiras missões, definir quais serão os projetos prioritários para a cidade. "Temos que ter foco", defende Silva Filho, que estima em no máximo seis os projetos-chave, que terão maior atenção do grupo.
Para que um projeto receba apoio do Pacto Alegre, entretanto, basta que tenha características como poder de transformação, caráter inovador, espírito colaborativo e pelo menos uma liderança impulsionadora. Embora tenham, por definição, visão e objetivos de longo prazo, os projetos também deverão ter impacto no curto prazo, pois as primeiras avaliações de resultados serão feitas com apenas seis meses de implantação de cada iniciativa.
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