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consumo

- Publicada em 21 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Pobres sofreram mais com a inflação do que ricos

Alimentos e transportes pesaram para a população de menor renda

Alimentos e transportes pesaram para a população de menor renda


FREDY VIEIRA/JC/FREDY VIEIRA/arquivo/JC
O aumento nos preços dos alimentos e reajustes em tarifas de transporte coletivo penalizaram mais os brasileiros mais pobres em janeiro, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que as famílias com renda mais baixa sentiram uma inflação de 0,41% em janeiro. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,25% para as famílias de renda mais elevada.
O aumento nos preços dos alimentos e reajustes em tarifas de transporte coletivo penalizaram mais os brasileiros mais pobres em janeiro, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda mostra que as famílias com renda mais baixa sentiram uma inflação de 0,41% em janeiro. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,25% para as famílias de renda mais elevada.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 0,32% em janeiro. "Observa-se que a inflação das famílias de menor poder aquisitivo (0,41%) foi 0,16 ponto percentual maior que a observada nas classes mais ricas, influenciada, sobretudo, pelos aumentos dos preços dos alimentos, em especial cereais (4,4%), frutas (5,5%) e leites e derivados (1,1%), além dos reajustes das tarifas de ônibus urbano (2,7%), trem (2,7%) e metrô (3,0%)", enumerou o Ipea.
O indicador separa por seis faixas de renda familiar as variações de preços medidas pelo IPCA. Os grupos vão desde uma renda familiar de até R$ 1.566,24 por mês, no caso da faixa com renda muito baixa, até uma renda mensal familiar acima de R$ 15.662,44, no caso da renda mais alta.
 

IPCA-15 registra menor taxa para fevereiro desde o Plano Real

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou uma taxa de 0,34% em fevereiro deste ano, a menor para meses de fevereiro desde o Plano Real, implantado em 1994.
A taxa é, no entanto, superior à registrada em janeiro (0,3%), segundo divulgou nesta quinta-feira o IBGE. Com a prévia de fevereiro, o IPCA-15 acumula taxas de 0,64% no ano e de 3,73% em 12 meses. As informações são da Agência Brasil.
Na prévia de fevereiro, a maior inflação foi registrada no grupo de despesas educação (3,52%), que sofreu com os reajustes de mensalidades escolares, que costumam ser feitos no início do ano. Os cursos regulares subiram 4,6% e os cursos diversos, 3,16%.
Também registraram inflação os grupos alimentação e bebidas (0,64%), saúde e cuidados pessoais (0,56%), artigos de residência (0,47%), despesas pessoais (0,3%), habitação (0,18%) e comunicação (0,05%).
Os grupos de despesas vestuário e transportes registraram deflação (queda de preços) e ajudaram a frear a inflação. Os custos com vestuário caíram 0,92%. Já os transportes ficaram 0,46% mais baratos, devido às quedas de preços da gasolina (2,43%), etanol (1,31%) e óleo diesel (0,15%).