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Economia

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Bebianno faz bolsa cair 1,04% e dólar subir

À espera de um desfecho sobre o caso do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o Ibovespa passou o dia todo em queda e renovou mínimas à tarde. Além da cautela com a crise política, a liquidez foi mais fraca por causa do feriado do Dia do Presidente dos Estados Unidos, que manteve o mercado americano fechado ontem. Após o fechamento do mercado, o governo oficializou a exoneração de  Bebianno do ministério.
À espera de um desfecho sobre o caso do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, o Ibovespa passou o dia todo em queda e renovou mínimas à tarde. Além da cautela com a crise política, a liquidez foi mais fraca por causa do feriado do Dia do Presidente dos Estados Unidos, que manteve o mercado americano fechado ontem. Após o fechamento do mercado, o governo oficializou a exoneração de  Bebianno do ministério.
O índice fechou em baixa de 1,04%, aos 96.509 pontos. O giro foi de R$ 18,090 bilhões, sendo R$ 7,678 bilhões referentes ao exercício de contratos de opções sobre ações. Os temores são de que a crise política atrapalhe a articulação do governo para votação da reforma da Previdência, cuja proposta será encaminhada ao Congresso nesta quarta-feira pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.
Nesta segunda-feira, a XP Investimentos escreveu que, após conversas com investidores americanos, persiste o otimismo geral com o Brasil, mas há ceticismo com a reforma da Previdência. "A maioria acredita ser possível a aprovação da reforma da Previdência até o terceiro trimestre, com um governo popular e um debate já maduro no Congresso, mas ressaltam que já viram retórica semelhante não se materializar tanto no governo Temer quanto em outros eventos similares ao redor do mundo, e ainda não parecem dispostos a tomar o risco", disse a corretora em relatório.
Em dia de baixo volume de negócios no mercado de câmbio, por conta do feriado nos Estados Unidos, os investidores preferiram adotar posições defensivas e comprar dólar no mercado doméstico, fazendo a moeda americana fechar em alta de 0,79%, cotada em R$ 3,7344. No aguardo do desfecho da crise envolvendo Bebianno, e de uma agenda carregada no Brasil e no exterior nos próximos dias, as mesas de câmbio adotaram um tom de cautela.
No mercado, um dos temores sobre o episódio envolvendo Bebianno é que possa atrapalhar a tramitação da reforma da Previdência. Pela manhã, na máxima, o dólar foi a R$ 3,74. A consultoria americana de risco político Eurasia minimizou essa possibilidade, ressaltando que o episódio mostra "trapalhada do governo", mas não deve afetar a alta popularidade do presidente e, assim, não atrapalharia a Previdência.
O economista-chefe do Citi no Brasil, Leonardo Porto, destaca que o episódio envolvendo Bebianno é importante, precisa ser monitorado, mas também ressalta que, por enquanto, não afeta a perspectiva de aprovação da Previdência. "A popularidade de Bolsonaro é muito importante para conseguir apoio no Congresso e este episódio não deve afetá-la. Apesar de ser um evento que não deve ser minimizado, não é um fato que afete nossa perspectiva de aprovação da reforma da Previdência", disse.
A visão do Citi é que a reforma da Previdência deve ser aprovada este ano, com um texto que deve gerar uma economia fiscal na casa dos R$ 500 bilhões. Se isso ocorrer e mantido um ambiente externo relativamente tranquilo, o dólar deve terminar o ano na casa dos R$ 3,64.
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