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reforma da previdência

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Reforma pode estender regras do INSS a políticos

Se aprovada, medida valerá para novos deputados e senadores

Se aprovada, medida valerá para novos deputados e senadores


/LEONARDO SÁ/AGÊNCIA SENADO/JC
Novos políticos podem ter as mesmas regras para aposentadoria que os trabalhadores da iniciativa privada, segundo a proposta de reforma da Previdência do governo e que passa por ajustes finais. O texto que altera os requisitos previdenciários para o setor privado, funcionalismo público e políticos deve ser levado pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro amanhã ao Congresso.
Novos políticos podem ter as mesmas regras para aposentadoria que os trabalhadores da iniciativa privada, segundo a proposta de reforma da Previdência do governo e que passa por ajustes finais. O texto que altera os requisitos previdenciários para o setor privado, funcionalismo público e políticos deve ser levado pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro amanhã ao Congresso.
Um dos articuladores do governo não vê dificuldade em aprovar a mudança na regra de aposentadoria para os novos ocupantes de cargos eletivos, porque a reforma da Previdência do ex-presidente Michel Temer já incluía a mesma medida.
A ideia do governo é que os políticos sejam submetidos ao INSS, cujo teto é R$ 5,8 mil atualmente. Além disso, as regras para aposentadoria devem ficar mais rígidas, pois Bolsonaro decidiu propor ao Congresso a exigência de uma idade mínima para homens (65 anos) e mulheres (62 anos), após um período de transição.
Incluir os políticos no sistema previdenciário dos trabalhadores da iniciativa privada faz parte da estratégia do governo de apresentar a reforma como uma medida necessária para o ajuste das contas públicas e que irá combater privilégios.
Para parlamentares, existe hoje o PSSC (Plano de Seguridade Social dos Congressistas), que exige 35 anos de contribuição previdenciária e 60 anos de idade. Por esse modelo, é possível até receber uma aposentadoria no valor total do salário de um deputado federal ou senador, que supera R$ 33 mil.
O cálculo considera os anos de contribuição com base nesse subsídio. Na prática, cada um ano representa quase R$ 1 mil na aposentadoria. Se o parlamentar ficar 35 anos no cargo, receberá o valor integral. Se permanecer metade desse tempo, a aposentadoria será de 50% do salário, o que ainda é muito maior que o teto do INSS. Para os senadores, o modelo é bem vantajoso. Após um mandato de oito anos, já se garante um benefício de quase R$ 8 mil.
A inclusão dos novos ocupantes de cargos eletivos ao INSS ainda terá que passar pelo aval do Congresso. O texto deve vedar novas adesões ao PSSC, mas, para entrar em vigor, ainda precisa passar por duas votações em cada Casa e com apoio de três quintos dos deputados e dos senadores.
A proposta deve ainda garantir a possibilidade para quem já entrou nesse sistema de se aposentar com valores acima do teto do INSS. A oposição ao governo no Congresso já se articula para atuar caso o benefício para políticos não seja revisto na proposta a ser encaminhada pelo Executivo. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) irá apresentar um projeto de lei para revogar a legislação atual e estabelecer que os parlamentares serão cobertos pelo Regime Geral de Previdência Social, como qualquer trabalhador.
Antes do PSSC, as regras eram ainda mais benéficas. O chamado IPC (Instituto de Previdência dos Congressistas), modelo anterior, foi extinto em 1997, mas ainda atende a maior parte dos parlamentares aposentados. Considerando os dois sistemas, o Senado gasta aproximadamente R$ 13 milhões por ano com os benefícios de 58 ex-senadores. No caso da Câmara, as despesas anuais somam cerca de R$ 85 milhões com aposentadorias de quase 480 ex-deputados.
 

Ministro diz que haverá leilões de 23 concessões antes de 100 dias de governo

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou ontem que o governo promoverá leilões de 23 concessões antes de 100 dias de governo. "Estamos nos valendo da iniciativa privada para fazer investimentos", disse Freitas. "O futuro é auspicioso. O Brasil vai crescer, e crescer bastante", disse.
Freitas pontuou que, em 15 de março, serão oferecidos para concessão 12 aeroportos. A estimativa de investimentos está na faixa de R$ 3,5 bilhões. Os ativos a serem leiloados foram divididos em três blocos: Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
O primeiro inclui os aeroportos de Recife (PE), Maceió (AL), Aracaju (SE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba. Já o segundo é formado pelos terminais de Vitória (ES) e Macaé (RJ), enquanto o terceiro é composto pelos aeroportos de Cuiabá, Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta, todos em Mato Grosso.
"Teremos sempre daqui para frente a lógica de blocos em concessões de aeroportos", disse Freitas, acrescentando que, após esta primeira rodada, devem ser concedidos mais 20 aeroportos no fim de 2020. Depois, outros 24 aeroportos irão a leilão no fim de 2021 ou no início de 2022.
Já em 28 de março, ocorrerá o leilão da Ferrovia Norte e Sul e, em 5 de abril, leilões portuários, lembrou Freitas. O ministro participou ontem de evento de assinaturas de contrato de arrendamento do terminal de granéis líquidos no Porto de Santarém (STM05) e de contrato de adesão do Terminal UTE GNA I do Porto do Açu, para movimentação de GNL (Gás Natural Liquefeito). Sobre o Porto do Açu, Freitas pontuou que a logística preocupa o governo. "Vamos melhorar o acesso ao porto", disse.