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Agronegócios

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2019 às 22:31

Expodireto tem expectativa de R$ 2,7 bilhões em negócios

Leite (e) e Mânica (d) lançaram a feira, que começa em 11 de março

Leite (e) e Mânica (d) lançaram a feira, que começa em 11 de março


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Lançada ontem, a 20ª edição da Expodireto Cotrijal, de Não-Me-Toque, começa no dia 11 de março com a expectativa de comercializar R$ 500 milhões a mais do que na edição passada, alcançando R$ 2,7 bilhões em negócios. O otimismo de Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, que organiza o evento, independe da ampliação dos recursos do Moderfrota em mais R$ 3 bilhões, como vem pleiteando o setor, já que outros fatores positivos influenciando novas aquisições. O recurso extra, porém, seria uma garantia a mais para alcançar a cifra recorde.
Lançada ontem, a 20ª edição da Expodireto Cotrijal, de Não-Me-Toque, começa no dia 11 de março com a expectativa de comercializar R$ 500 milhões a mais do que na edição passada, alcançando R$ 2,7 bilhões em negócios. O otimismo de Nei César Mânica, presidente da Cotrijal, que organiza o evento, independe da ampliação dos recursos do Moderfrota em mais R$ 3 bilhões, como vem pleiteando o setor, já que outros fatores positivos influenciando novas aquisições. O recurso extra, porém, seria uma garantia a mais para alcançar a cifra recorde.
Os R$ 8,9 bilhões liberados pelo governo dentro do Moderfrota com juros entre 7,5% e 9,5% já estão perto do acabar. A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) projeta que até o final de março pode não haver mais dinheiro suficiente disponível nesta linha de financiamento, e, por isso, diferentes entidades devem se reunir com o Ministério da Agricultura na próxima semana. Mânica ressalta, no entanto, que o conjunto de bancos presentes no evento estará ofertando um total de mais de R$ 4 bilhões em crédito.
O presidente da Cotrijal, que investiu cerca de R$ 8 milhões na feira, avalia que independentemente da ampliação dos recursos, e mesmo com a crise vivida pelo setor de arroz e leite no Estado, a edição de 20 anos da feira promete números elevados. Como a produção de milho foi bem neste ano e o produtor de soja, em boa parte, está capitalizado, ele avalia que muitos aproveitarão para renovar o maquinário após as incertezas dos últimos dois anos, com a crise brasileira e cenário político complicado represando investimentos. Agora, empresas e produtores estão tirando projetos da gaveta e substituindo equipamentos.
O presidente da Cotrijal avalia ainda que, com a sinalização do governo federal de que poderá deixar de adotar os juros fixos e mudar para juros flutuantes, a recomendação é para que compras necessárias sejam feitas agora. "Ninguém vai pegar financiamento a longo prazo sem saber o custo futuro. Estamos pagando acima da Selic, que hoje está em 6,5%, e chegamos a pagar 9% agora. Já chegamos a pagar 8% quando a Selic estava em 14%. Ou seja, não há mais subsídio", argumenta Mânica.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers), Cláudio Bier, a falta de suplementação no Moderfrota pode afetar as vendas na Expodireto e retrair a projeção de alcançar R$ 2,7 bilhões em negócios em 2019. Produtores e fabricantes de máquinas também prometem fazer da feira um palco para diferentes reivindicações, aproveitando o início dos novos governos estadual e federal. "Temos de começar logo as negociações para o próximo Plano Safra, para reverter uma possível elação dos juros, como vem sinalizando o governo", alerta Bier.
Apesar de também estar preocupado com uma possível elevação de juros nas linhas de crédito para o para o próximo Plano Safra, o que pode levar produtores a acelerar as compras até junho, Mânica diz ter esperanças de que a elevação das taxas não ocorra. O presidente da cooperativa espera que o governo federal faça um anúncio durante a Expodireto sobre o assunto, acalmando o setor e dando segurança sobre o futuro. "O governo sinalizou que sabe a importância do setor, fundamental para o equilíbrio da balança comercial. Em vez de reduzir recursos, tem que incentivar, como fazem os países desenvolvidos. Não é um benefício, é uma necessidade", defenda Mânica. Para a abertura da feira, no dia 11 de março, os organizadores esperam contar com a presença da ministra da Agricultura, Theresa Cristina, e do vice-presidente Hamilton Mourão.
O governador Eduardo Leite prometeu que dará apoio ao setor melhorando a infraestrutura gaúcha por meio de Parcerias Público-Privadas e concessões de estradas. "No primeiro semestre devemos ter os primeiros editais de concessões rodoviárias. Estamos identificando estradas estaduais e federais que possam receber investimentos privados, em interação com o Ministério de Infraestrutura", afirma Leite, que prometeu anunciar em breve investimentos na ERS-142, importante rota de escoamento da safra no Norte do Estado.

Saiba mais sobrea feira

  • Onde: Não-Me-Toque, no Norte do Estado,
  • Quando: de 11 a 15 de março, no Parque de Exposições da Cotrijal (ERS--142, km 24);
  • Expositores: mais de 500 empresas espalhadas em 98 hectares (o parque ganhou 14 hectares a mais neste ano prevendo futuras ampliações);
  • Visitantes esperados: entre 250 mil e 270 mil;
  • Algumas atrações: Troféu Brasil Expodireto (na noite de 10 de março, antes da abertura do parque, no dia 11), 15º Fórum Estadual do Leite, o 11º Fórum Nacional do Milho, o 12º Fórum Florestal do Rio Grande do Sul, o 4º Fórum Solos e Água, Troféu Semente de Ouro, Encontro de Empresárias Rurais Cotrijal/Bayer, Fórum Internacional Jovem Cooperativista, Fórum da Cultura do Trigo, Fórum Soja Brasil e Audiência Pública da Comissão de Agricultura do Senado.
Mais informações: www.expodireto.cotrjial.com.br.