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Economia

- Publicada em 10 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Tomar crédito on-line pode sair bem mais barato do que no banco

A tecnologia vem mudando a forma como as pessoas lidam com o dinheiro - não só para investir, mas também para tomar emprestado. Segundo pesquisa do aplicativo de educação financeira Guiabolso, com 4,5 milhões de usuários, ao contratar um crédito pessoal on-line via fintechs, o consumidor pode conseguir uma taxa de juros mensal, em média, três pontos percentuais abaixo do que nos grandes bancos. Isso significa que uma taxa de 6% ao mês, por exemplo, poderia sair por 3%.
A tecnologia vem mudando a forma como as pessoas lidam com o dinheiro - não só para investir, mas também para tomar emprestado. Segundo pesquisa do aplicativo de educação financeira Guiabolso, com 4,5 milhões de usuários, ao contratar um crédito pessoal on-line via fintechs, o consumidor pode conseguir uma taxa de juros mensal, em média, três pontos percentuais abaixo do que nos grandes bancos. Isso significa que uma taxa de 6% ao mês, por exemplo, poderia sair por 3%.
Em levantamento realizado com uma amostra de usuários do aplicativo, entre os que têm parcelas de empréstimos em bancos, 82% economizariam se tivessem escolhido um empréstimo pessoal on-line na plataforma, por meio de algum parceiro de crédito digital, como BV Financeira e CBSS.
Entre os pesquisados, o valor médio dos empréstimos nos bancos era de R$ 7,2 mil, com parcela média mensal de R$ 836,00. Segundo o Guiabolso, o refinanciamento para um crédito on-line geraria uma economia de
R$ 200,00 por mês. Em média, a taxa de juros das opções de crédito digital no app foi de 3,7% ao mês.
Segundo dados do Banco Central (BC), ao fim de janeiro, as taxas médias de empréstimo pessoal sem garantia no BB, Itaú, Santander, Caixa e Bradesco eram de, respectivamente, 3,91%, 4,22%, 4,62%, 4,70% e 5,75% ao ano. Já segundo a pesquisa do Guiabolso, o crédito tomado diretamente com os bancos tradicionais foi mais caro (em média, 6,7%). A explicação para essa diferença é que os dados do BC englobam categorias diversas de clientes, como alta renda e private, que têm acesso a taxas melhores. Em 2018, o juro médio do crédito pessoal foi de 41,7% ao ano, segundo o BC.
Benjamin Gleason, cofundador do Guiabolso, explica que, além de fintechs terem custos reduzidos por não arcarem com uma estrutura física, elas conseguem oferecer taxas mais baixas devido a um processo mais customizado de análise de crédito, que privilegia bons pagadores. "Nos bancos, as pessoas mostram apenas parte da vida financeira, mas hoje o consumidor tem conta num banco, cartão de outro e investe por outra corretora - e isso a gente consegue identificar, conectando essas diversas contas", explica. O Guiabolso também usa dados externos de birôs de crédito, como o SCPC Boa Vista, com quem tem parceria.
As fintechs de crédito cresceram expressivamente nos últimos tempos. Segundo a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), o salto vem sendo de 300% ao ano no volume de crédito concedido. A procura por novas alternativas decorre do fato de que, apesar de a Selic ter caído de 14,25% a 6,5% ao ano de 2016 para cá, o impacto no mercado de crédito foi pouco expressivo. "Grande parte desse problema tem a ver com a concentração bancária: mais de 80% do crédito está nos cinco grandes bancos. Mas, isso está mudando", afirma Rafael Pereira, presidente da ABCD. Segundo a associação, hoje existem entre 80 e 100 empresas de crédito on-line no País.
Pereira pontua também que o segmento tem se tornado cada vez mais especializado. "Há fintech de crédito focada em pessoa física, jurídica, em pequena e média empresa, em consignado, com garantia e por aí vai", diz.
A fintech Alicrédito, - focada em crédito pessoal -, vai lançar este mês duas novas linhas: crédito para servidores federais e consignado, com taxa média de 1,7% ao mês. "A questão é que a maioria dos clientes de banco são pagadores de tarifas, mas não tem os serviços adequados", diz Bruno Reis, presidente da empresa.
Pereira ressalta, porém, que, na hora de tomar crédito, é importante pesquisar sobre a instituição financeira e dobrar a atenção para evitar fraudes. "O consumidor jamais deve fazer pagamento antecipado para a liberação do crédito - nenhuma empresa pede isso", diz.
Procurados , Bradesco, Itaú e BB não comentaram. Caixa e Santander não responderam.
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