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Economia

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2019 às 21:05

Empresas de ônibus pedem fim do Uber Juntos

Opção do aplicativo barateia deslocamento ao permitir que mais de um usuário use a mesma viagem

Opção do aplicativo barateia deslocamento ao permitir que mais de um usuário use a mesma viagem


PATRÍCIA COMUNELLO /ESPECIAL/JC
A opção compartilhada Uber Juntos, do aplicativo Uber, provocou a reação de setores tradicionais do transporte de passageiros no Rio Grande do Sul. A Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Setecergs) pediram à Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), responsável por gerenciar o sistema na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o cancelamento da modalidade por considerá-la 'transporte coletivo ilegal'. Além disso, as entidades querem que o Ministério Público Estadual (MPE) seja acionado.
A opção compartilhada Uber Juntos, do aplicativo Uber, provocou a reação de setores tradicionais do transporte de passageiros no Rio Grande do Sul. A Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários no Estado (Setecergs) pediram à Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), responsável por gerenciar o sistema na Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA), o cancelamento da modalidade por considerá-la 'transporte coletivo ilegal'. Além disso, as entidades querem que o Ministério Público Estadual (MPE) seja acionado.
O documento chegou à Metroplan na sexta-feira passada e está em análise no departamento jurídico da instituição. As duas organizações que representam empresas operadoras do transporte convencional querem que a Uber seja notificada para parar de ofertar a modalidade. Também querem rigor na fiscalização do serviço. O Uber Juntos, que no exterior é chamado de pool, estreou no fim de 2018 no Estado. O principal atrativo é baratear ainda mais cada viagem, pois um usuário aceita dividir o veículo com outros ocupantes quando se destinam a localidades próximas. Em trajetos mais curtos, é mais barato, comparativamente, a uma passagem de ônibus local, que está em R$ 4,30 na Capital. 
O gerente da ATM, Erico Michels, afirma que o transporte coletivo de pessoas é essencial e um serviço concedido pelo Estado a empresas, que podem ser pública, como a Carris, em Porto Alegre, ou privadas, maior parte dos operadores. Michels alega que a nova modalidade do app "é uma competição ilegal com o serviço coletivo". "Temos convicção de que estamos corretos, assegurados pela questão legal'', afirmou o gerente.
Ele cita ainda que serviços concedidos têm características como grade de horários independente da quantidade de passageiros usuários, circulação em rotas definidas e uma tarifa determinada pelo poder concedente a empresas de ônibus metropolitanas. ATM e Setcergs alega que o serviço é essencial e "deve ser exercido por delegação", seguindo ainda princípios de "regularidade, continuidade, eficiência, segurança e atualidade". Para a associação e o sindicato, as condições não são atendidas pela Uber, que ainda virou concorrente  direta do transporte coletivo, argumentam. 
O Uber Juntos está desde 2016 em operação em São Paulo. Hoje também está disponível em Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza e Rio de Janeiro, localidades que também registram oposição das empresas de ônibus.  Em nota, o aplicativo explica que o ''Juntos não é uma modalidade de transporte coletivo, mas um sistema que combina viagens individuais com trajetos convergentes para compartilhar o mesmo veículo, aumentando a eficiência do modelo''. A empresa de tecnologia reforça que a lógica é reduzir o número de carros e que, mesmo que o usuário pague menos, os ganhos dos motoristas se mantêm.
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