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Varejo

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2019 às 01:00

Atacarejo cresce 12,8% em 2018, mostra pesquisa

Melhora na renda das famílias deve impulsionar o desempenho das redes de vizinhança, avalia a Nielsen

Melhora na renda das famílias deve impulsionar o desempenho das redes de vizinhança, avalia a Nielsen


/LUIZA PRADO/JC
O setor de varejo de alimentos viu diminuir em 6,4% a quantidade de mercadorias vendidas em lojas no formato hipermercado em 2018, ao mesmo tempo em que o "atacarejo" cresceu 12,8%, de acordo com dados da Nielsen. A empresa mede o número de itens vendidos em categorias de produto como alimentos, higiene e limpeza em vários tipos de loja.
O setor de varejo de alimentos viu diminuir em 6,4% a quantidade de mercadorias vendidas em lojas no formato hipermercado em 2018, ao mesmo tempo em que o "atacarejo" cresceu 12,8%, de acordo com dados da Nielsen. A empresa mede o número de itens vendidos em categorias de produto como alimentos, higiene e limpeza em vários tipos de loja.
Embora o setor de supermercados como um todo tenha comemorado um crescimento de receita em 2018, com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) reportando aumento real de 2,07% no faturamento, os números da Nielsen sinalizam que a distribuição das vendas foi bastante diferente entre os diversos tipos de loja. O formato de "atacarejo" segue ganhando espaço. Essas lojas que conquistaram a preferência dos consumidores no ápice da crise econômica são as que mais crescem em volume de vendas, de acordo com a Nielsen.
"Ainda vemos uma continuidade dos planos das empresas de abertura de novas lojas de 'atacarejo'", comenta o gerente da Nielsen, Daniel Souza. Ele acrescenta que o comportamento que os consumidores adquiriram durante a crise tende a se manter.
A expectativa é que outros formatos de loja que têm maior apelo para a conveniência ganhem espaço. As redes de vizinhança ainda caíram em vendas em 2018, com recuo de 2% no volume. Souza espera que o formato acelere com uma melhora na disponibilidade de renda das famílias.
Para o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, as companhias do setor vêm renovando seus formatos de loja continuamente, ajustando-os às preferências dos consumidores. Até mesmo os hipermercados - o tipo de loja que mais perdeu fatia de mercado para o "atacarejo" - têm espaço para se recuperar no País com a melhora da economia. "Já vemos empresas atualizando os hipermercados, reduzindo os espaços de venda e transformando a área excedente para uso em outros negócios", comentou. Ele ainda considera que, com o tempo, o crescimento do "atacarejo" tende a se estabilizar.
O custo da cesta de produtos Abrasmercado, com 35 itens de largo uso, subiu 0,92% em dezembro, passando de R$ 461,48 para R$ 465,71. De janeiro a dezembro, o custo da cesta aumentou 3,72%.
Os produtos cujo preço mais caiu foram farinha de mandioca (-7,18%), massa sêmola espaguete (-5,93%), desinfetante (-4,42%) e xampu (-4,20%). Os que mais subiram no período foram cebola (24,41%), batata (14,30%), feijão (8,54%) e carne traseiro (3,55%).

Confiança dos supermercadistas é a maior desde 2014

Empresários do setor de supermercados estão mais confiantes com as perspectivas para os negócios, segundo indicador da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da GfK. Numa escala de 0 a 100, o Índice de Confiança chegou a 61,5, superando o patamar dos últimos doze meses, período ao longo do qual o indicador oscilou entre 47 e 57 pontos. É o maior nível desde o início das medições, em 2014.
Segundo o presidente da Abras, João Sanzovo Neto, essa melhora de confiança já começa a refletir nos planos de investimento das redes varejistas. Ele considera que os empresários estão "tirando da gaveta" os projetos de expansão que ficaram parados na crise. A entidade, no entanto, não tem um levantamento sobre abertura de novas lojas no ano.
Sanzovo aponta ainda que a manutenção da confiança dos empresários vai depender da evolução no Congresso dos projetos de reforma, em especial a da Previdência. Ele destacou as expectativas para este ano estão melhores, principalmente após a definição do novo governo.
"Estamos otimistas e esperançosos de que 2019 será melhor que o ano de 2018. As projeções do mercado financeiro estão positivas, com juros e inflação controlados. A confiança dos empresários segue em alta, como vimos na nossa última pesquisa e, diante desse cenário, projetamos um crescimento em torno de 30% nas vendas deste ano", ressaltou o presidente da Abras.