Preços do material escolar sobem em relação a 2018 em Porto Alegre

Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (30) pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), por intermédio do Procon Porto Alegre, verificou-se que os preços da maioria dos itens solicitados nas listas de material escolar sofreram aumento em relação a 2018 no varejo da Capital. 

Artigos como apontador de plástico - que, conforme a pesquisa, custa a partir de 0,50 a R$ 3,90 atualmente - e transferidor (custando de R$ 1,00 a R$ 2,90) tiveram aumento de cerca de 150% e 65% no preço em relação ao ano passado, quando podiam ser adquiridos, nas lojas mais baratas, por R$ 0,20 e R$ 0,60, respectivamente. Cola branca em tubo e corretivo líquido também estão mais caros, com o menor preço encontrado de R$ 1,10 e R$ 1,30, contra R$ 0,75 e R$ 1,19 da pesquisa do ano passado.

Em contrapartida, caderno de desenho (custando de R$ 4,59 a R$ 14,90) e caneta esferográfica (de R$ 0,75 a R$ 5,90) estão mais baratos - eram vendidos por pelo menos R$ 4,90 e R$ 0,98 em 2018, respectivamente. Caixas de lápis de cor apresentam uma variação menor nos valores entre os estabelecimentos da Capital (R$ 2,39 a R$ 7,80) - em janeiro de 2018 eram encontradas entre R$ 2,39 e R$ 19,90.

A pesquisa do Procon aponta que, neste ano, entre as lojas de Porto Alegre, alguns materiais podem apresentar variação de preço de quase 700% entre o mais barato e o mais caro. Dos artigos que apresentaram maior diferença nos preços estão os cadernos: um modelo de espiral de 48 folhas pode variar entre R$ 1,98 e R$ 14,99, enquanto um modelo de 200 folhas é encontrado entre R$ 5,99 e R$ 15,90. Caderno pequeno de 48 folhas (de R$ 1,98 a R$ 9,99) e fita crepe (de R$ 1,35 a R$ 9,90) também podem ter valores variados, dependendo da loja.

As pesquisas do Procon serão realizadas quinzenalmente em estabelecimentos de Porto Alegre, até o final de fevereiro.

Segundo levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), o material escolar está, em média, cerca de 8% mais caro do que em 2018, o que gera uma maior pesquisa dos pais por um melhor preço. A elevação é maior em produtos importados, como mochilas e estojos, devido à variação cambial, que pode tornar o produto até 10% mais caro. O aumento no preço dos cadernos é causado pela alta da matéria-prima do papel.

A FCDL-RS alerta que não é necessário estocar produtos, pois há redução dos valores dos artigos em março, após a alta sazonal de consumo. O levantamento da federação também mostra que os pais procuram por materiais de maior durabilidade, o que pode ser verificado através da certificação obrigatória do Inmetro, que atesta a qualidade do material.