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Economia

- Publicada em 30 de Janeiro de 2019 às 13:43

Receitas de serviços do Santander crescem 11,46% e somam R$ 4,725 bi no 4º tri

Em 2018, as receitas de prestação de serviços do Santander Brasil totalizaram R$ 17,269 bilhões

Em 2018, as receitas de prestação de serviços do Santander Brasil totalizaram R$ 17,269 bilhões


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Agência Estado
As receitas de prestação de serviços do Santander Brasil totalizaram R$ 4,725 bilhões no quarto trimestre, cifra 11,46% superior em um ano, de R$ 4,239 bilhões. Ante os três meses anteriores, foi visto aumento de 14,3%. No 4º trimestre do ano passado, o lucro líquido gerencial do banco foi a R$ 3,4 bilhões.
As receitas de prestação de serviços do Santander Brasil totalizaram R$ 4,725 bilhões no quarto trimestre, cifra 11,46% superior em um ano, de R$ 4,239 bilhões. Ante os três meses anteriores, foi visto aumento de 14,3%. No 4º trimestre do ano passado, o lucro líquido gerencial do banco foi a R$ 3,4 bilhões.
No ano de 2018, as receitas de prestação de serviços do Santander Brasil totalizaram R$ 17,269 bilhões, aumento de 10,6% ante 2017, de R$ 15,611 bilhões.
No acumulado do ano, os destaques de crescimento foram cartões, serviços de conta corrente e comissões de seguros. Em contrapartida, receitas com operações de crédito e administração de fundos encolheram.
O Santander Brasil registrou margem financeira bruta de R$ 10,747 bilhões no quarto trimestre do ano passado, cifra 1,1% superior à vista nos três meses anteriores, de R$ 10,629 bilhões. Ante o mesmo intervalo de 2017, quando ficaram em R$ 9,498 bilhões, foi identificado incremento de 13,1%.
No ano de 2018, foram R$ 42 bilhões, aumento de 12,5% ante 2017, de R$ 37,327 bilhões.
O spread de crédito do Santander ficou estável em 9,7% ao ano no quarto trimestre ante o terceiro e também no comparativo anual. Já o spread de captação do banco ficou em 1,4% ao final dezembro contra 1,3% ao final de setembro e 1,6% em um ano.
O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, ficou em 3,1% no quarto trimestre do ano passado, piora de 0,2 ponto porcentual ante o terceiro trimestre, de 2,9%. No ano, o indicador ficou em 3,1%, 0,1 ponto porcentual menor que o visto em 2017.
A inadimplência da pessoa física teve piora de 0,1 p.p. no quarto trimestre enquanto que na pessoa jurídica ficou estável.
O índice de inadimplência de 15 a 90 dias atingiu 4,2% no final de dezembro de 2018, estável em doze meses e com aumento de 0,2 p.p. em três meses.
Já o custo de crédito do Santander foi a 3,5% no quarto trimestre de 2018, permanecendo estável em um ano e com alta de 0,4 p.p. em três meses. Nesse trimestre, conforme explica o banco em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o indicador foi impactado pelo efeito da valoração de ativos ocorrido no período.
Provisões
As despesas com provisões do banco, as chamadas PDDs, totalizaram R$ 3,557 bilhões no quarto trimestre de 2018, elevação de 13,79% ante os três meses anteriores, de R$ 3,126 bilhões. Na comparação anual, quando a cifra estava em R$ 3,303 bilhões, foi identificado incremento de 7,69%.
As despesas de provisão do Santander totalizaram R$ 13,068 bilhões em 2018, aumento de 6,1% ante 2017. Segundo o banco, esse desempenho é reflexo da solidez de seus modelos de riscos, com assertividade no ciclo de vida do cliente.
O resultado de créditos de liquidação duvidosa ficou em R$ 10,860 bilhões no ano, crescimento de 11,9% ante 2017, impactado por maiores despesas de provisões. No trimestre, o resultado cresceu 14,0% em razão, principalmente, do efeito de R$ 321 milhões da valoração de ativos no período. "Excluindo esse efeito, o resultado de créditos de liquidação duvidosa teria crescido 1,8%, inferior ao crescimento da carteira de crédito no mesmo período", destaca a instituição financeira.
O saldo de PDDs do banco ficou em R$ 18,789 bilhões no quarto trimestre, aumento de 3,1% ante os três meses anteriores, de R$ 18,224 bilhões. Em um ano, quando estava em R$ 17,462 bilhões, a alta foi de 7,6%.
Índice de Basileia
O índice de Basileia do Santander Brasil, que mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, foi a 15,1% no quarto trimestre de 2018, redução de 0,2 ponto porcentual ante o terceiro, de 15,3%. No ano, o indicador de 15,1%, diminuiu em 0,8 p.p. Neste caso, quanto maior melhor.
A queda do indicador do ano, conforme explica o Santander em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, ocorreu, principalmente, pelo impacto sobre as deduções de capital do cronograma de Basileia III que passaram de 80% em 2017 para 100% em 2018. O banco destaca ainda que teve aumento no risco de crédito, resultado da expansão da carteira de crédito, e do risco de mercado, devido o crescimento das posições de juros.
No quarto trimestre, segundo a instituição, a piora do indicador de Basileia em função da redução do Capital Complementar e do Nível II, ambos impactados pela variação cambial do período. "Cabe mencionar que o índice supera em 4,1 p.p. a soma dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência e Adicionais de Capital Principal", acrescenta o Santander.
O banco lembra também que desde janeiro de 2018, a exigência de capital foi alterada de 9,25% para 8,625% mais capital de conservação de 1,875% somado ao adicional de importância sistemicamente de 0,5%, totalizando 11%. Com isso, o Capital Nível I do banco foi de 8,375% e o Capital Principal de 6,875%.
No quarto trimestre, o Santander Brasil emitiu novos instrumentos na forma de Notas (Notes), para composição do Patrimônio de Referência no valor de US$ 2,5 bilhões. Além disso, comunicou o resgate dos Notes emitidos em 29 de janeiro de 2014. "Dessa forma, otimizamos nossa estrutura de capital por meio da redução do custo financeiro do endividamento", destaca a instituição.
O Santander informa ainda que, em dezembro de 2018, o Banco Central aprovou que os novos Notes compusessem o Nível I e Nível II do Patrimônio de Referência do banco, assim como, autorizou a recompra dos Notes emitidos em 2014. O Capital Principal (Fully Loaded) alcançou 12,5% em dezembro de 2018, queda de 0,2 p.p. em doze meses e de 0,1 p.p. no trimestre, impactados, principalmente, pela variação das parcelas de crédito e mercado.
Esfera
A empresa de fidelidade do Santander Brasil, batizada de Esfera Fidelidade, começou a operar em novembro do ano passado, conforme informa o banco nas notas explicativas que acompanham sua demonstração financeira. Nos moldes da estratégia de Bradesco e Banco do Brasil, que criaram a Livelo, o banco espanhol decidiu reestruturar o seu programa de pontos, segregando-o em uma companhia.
Constituída em agosto último, a Esfera Fidelidade nasce com capital de R$ 10 milhões, segundo o banco, e ainda os cerca de 10 milhões de usuários já existentes no programa.
Para capitanear a nova empresa, o Santander fez não só mexidas internas, alocando mais pessoas para o programa assim como foi buscar reforço na concorrência. Trouxe Mauro Bizzato, da Livelo, para comandar a Esfera Fidelidade.
Banco Hyundai
O Santander Brasil espera que o Banco Hyundai, em parceria com a montadora que leva o mesmo nome, esteja apto para operar no primeiro semestre deste ano. Falta ainda, contudo, a obtenção do aval do regulador para que as operações sejam iniciadas, conforme informa a instituição nas notas explicativas de seu balanço.
De acordo com o banco, no dia 4 de janeiro de 2019, o Banco Central emitiu ofício comunicando ter constatado a compatibilidade entre a estrutura organizacional do Banco Hyundai e a prevista no plano de negócios protocolado junto ao regulador. "A obtenção da autorização para funcionamento da sociedade está sujeita ao cumprimento dos requisitos finais previstos na regulamentação, conforme instruído no ofício", destaca o Santander.
A constituição do banco ocorre quase três anos após o anúncio da joint venture entre o Santander e a Hyundai. Na época, informaram a criação do Banco Hyundai e de uma corretora de seguros. A composição é de 50% da Aymoré, subsidiária do Santander, 25% da Hyundai Capital e 25% da Hyundai Motor Brasil.
Com capital social de R$ 100 milhões, o Banco Hyundai teve sua constituição concluída em dezembro de 2018. A Aymoré CFI detém o controle operacional da sociedade.
Plataforma de investimentos
O Santander Brasil espera que a sua plataforma de investimentos, batizada de PI, esteja totalmente operacional no primeiro trimestre deste ano. Em 22 de janeiro, o Banco Central aprovou a alteração da denominação da Si Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários para a PI Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários.
A PI será comandada por Felipe Bottino, ex-diretor da Icatu Seguros. O Santander foi um dos últimos grandes bancos a se posicionarem na área de investimentos. Enquanto o Itaú Unibanco remodelou sua atuação a partir de uma plataforma aberta de investimentos, batizada de 360, e investiu na XP Investimentos, o Bradesco remodelou a Ágora Corretora.
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