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Economia

- Publicada em 24 de Janeiro de 2019 às 01:00

Brasileiro Carlos Ghosn renuncia à presidência executiva da Renault

Executivo está preso após 14 anos no comando da montadora

Executivo está preso após 14 anos no comando da montadora


/VANDERLEI ALMEIDA/AFP/JC
O presidente-executivo e do conselho da Renault, Carlos Ghosn, preso no Japão desde 19 de novembro, renunciou à direção do grupo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), pelo ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire.
O presidente-executivo e do conselho da Renault, Carlos Ghosn, preso no Japão desde 19 de novembro, renunciou à direção do grupo. O anúncio foi feito nesta quinta-feira durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), pelo ministro de Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire.
Ghosn resolveu abdicar voluntariamente do cargo depois que as esperanças de deixar a prisão em Tóquio foram freadas pelas consecutivas rejeições aos seus pedidos de liberdade sob fiança. O conselho de administração da Renault deve se reunir nesta quinta em Paris para definir um novo presidente e um diretor geral.
O governo francês, o maior acionista da Renault, confirmou que o conselho estava sendo chamado para nomear o presidente-executivo da fabricante de pneus Michelin, Jean-Dominique Senard, como presidente do conselho e Thierry Bolloré, que já vem comandando as operações da empresa, como presidente-executivo.
Senard e Bollore "serão apresentados nesta manhã (quinta-feira) ao conselho de diretores", disse o porta-voz do governo, Benjamin Griveauxião. Ghosn também deve renunciar como presidente-executivo e do conselho da aliança entre Renault, Nissan e Mitsubishi, e deve ser substituído por Senard nesses papéis, informou o jornal Financial Times citando pessoas informadas sobre o assunto.
Os procuradores públicos de Tóquio indiciaram Ghosn por quebra de confiança e apropriações financeiras. Ele deve permanecer em detenção provisória pelo menos até 10 de março. Ghosn nega todas as acusações. Até recentemente, a Renault vinha se recusando a destituir Ghosn como seu presidente-executivo e do conselho, diferentemente da Nissan, que o desligou logo que ele foi preso.
As denúncias contra Ghosn mancham uma das carreiras mais festejadas da indústria automobilística, duas décadas depois que o executivo foi despachado pelo ex-presidente-executivo da Renault Louis Schweitzer para resgatar a recém-adquirida Nissan da falência -um feito que ele conseguiu em dois anos.
Ghosn atuou por 14 anos como presidente-executivo da Renault e 10 anos como presidente do conselho. Após a prisão de Ghosn, o presidente da Nissan, Hiroto Saikawa, tentou enfraquecer o controle da Renault e resistiu às tentativas de nomear novos diretores para a montadora japonesa.
 
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