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Economia

- Publicada em 22 de Janeiro de 2019 às 22:44

Preço do leite estável marca o início do ano

Conselho começou análise dos custos e seus impactos sobre a produção

Conselho começou análise dos custos e seus impactos sobre a produção


MARCELO G. RIBEIRO/JC/MARCELO G. RIBEIRO/JC
O ano de 2019 começa com estabilidade nos preços do leite no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados ontem pelo Conseleite, na sede do Sindilat, em Porto Alegre, o valor de referência estimado para janeiro é de R$ 1,0574, 0,15% acima do consolidado de dezembro de 2018, que fechou em R$ 1,0559. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou que o cenário reflete a sazonalidade do período, quando as transações de produtos geralmente estão menores em função do período de férias e recesso.
O ano de 2019 começa com estabilidade nos preços do leite no Rio Grande do Sul. Segundo dados divulgados ontem pelo Conseleite, na sede do Sindilat, em Porto Alegre, o valor de referência estimado para janeiro é de R$ 1,0574, 0,15% acima do consolidado de dezembro de 2018, que fechou em R$ 1,0559. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou que o cenário reflete a sazonalidade do período, quando as transações de produtos geralmente estão menores em função do período de férias e recesso.
Entre os produtos que compõem o mix de produção do Rio Grande do Sul, o leite UHT teve alta de 10,90% no mês, apesar de a maior parte dos itens avaliados registrar queda: leite condensado (-5,46%), iogurte (-6,07%), queijo prato (-7,85%) e leite em pó (-3,59%). O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, disse que, apesar de projeções acanhada do final de 2018, o que seu viu foi uma leve recuperação neste janeiro. "Com o calor excessivo, tivemos uma redução da produção no campo em todo o País, o que acabou refletindo na estabilidade de preços neste verão." Durante a reunião, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, relatou sobre o encontro realizado no dia 17 de janeiro com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em Brasília. "Fomos convidados para participar desse debate setorial por estarmos próximos do Mercosul, um mercado que tanto impacta o setor lácteo brasileiro", relatou.
Atendendo à demanda dos conselheiros, o Conseleite deu início, na reunião deste mês, à análise dos dados de custo de produção e seus impactos no setor leiteiro. Para isso, o colegiado contou com estudo preliminar realizado pelo técnico estadual em Bovinocultura de Leite da Emater Jaime Ries, que fez uma explanação com cruzamento de dados tabulados pela Emater a campo no Rio Grande do Sul. "Trouxemos aqui um ensaio do que pode ser feito com os dados que temos, com o objetivo de alinhar, junto ao Conseleite, uma avaliação mais aprofundada de custos. Ainda precisamos definir qual a metodologia para criar algo nos moldes do Índice de Custos de Produção (ICP) Leite, tabulado pela Embrapa Gado de Leite", sugeriu. Para compilar os dados, o técnico propôs um indexador formado por uma cesta de insumos da produção leiteira, que integre gastos com nutrição, medicamentos, mão de obra, material de construção, entre outros. "Vamos refinar a coleta de dados, dar peso para os dados regionais e realizar aprimoramentos que nos permitam gerar informações locais e transparentes dos custos do leite", pontuou.
Segundo os dados tabulados por Ries, entre os anos de 2010 e 2018, o produtor gaúcho necessitou, na média, de 1,25 litro de leite para adquirir um quilo de ração para vacas em lactação com 18% de proteína. "Verificamos que a relação de troca entre o valor líquido recebido pelo litro do leite e a ração em 2018 atingiu a posição mais favorável da década". Em 2015, lembra ele, o leite estava com valor baixo, o que não foi acompanhado pela ração, levando o setor a um de seus piores momentos.
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