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Economia

- Publicada em 21 de Janeiro de 2019 às 18:57

Executivos estão mais pessimistas quanto ao futuro da economia global, aponta pesquisa

Dados foram apresentados nesta segunda-feira pela PwC, véspera da abertura do Fórum Econômico Mundial (FEM), de Davos, na Suíça

Dados foram apresentados nesta segunda-feira pela PwC, véspera da abertura do Fórum Econômico Mundial (FEM), de Davos, na Suíça


FABRICE COFFRINI/AFP/JC
Uma onda de pessimismo em relação ao crescimento econômico internacional parece ter tomado CEOs do mundo inteiro. Esta é uma das conclusões que se pode tirar da 22ª Pesquisa Global Anual realizada pela PriceWaterHouse Coopers (PwC) com 1.378 executivos de 90 países. Quase 30% deles acham que a economia internacional vai reduzir o passo. Trata-se de uma deterioração e tanto em relação às expectativas que tinham em 2018, quando apenas 5% dos entrevistados apostavam em um cenário pior. Foi um recorde de queda de 436% no indicador.
Uma onda de pessimismo em relação ao crescimento econômico internacional parece ter tomado CEOs do mundo inteiro. Esta é uma das conclusões que se pode tirar da 22ª Pesquisa Global Anual realizada pela PriceWaterHouse Coopers (PwC) com 1.378 executivos de 90 países. Quase 30% deles acham que a economia internacional vai reduzir o passo. Trata-se de uma deterioração e tanto em relação às expectativas que tinham em 2018, quando apenas 5% dos entrevistados apostavam em um cenário pior. Foi um recorde de queda de 436% no indicador.
É verdade que 42% dos empresários ainda contam com crescimento. Mas o otimismo revelado pela pesquisa no ano passado certamente se esvaneceu. O curioso é a velocidade na qual os sinais mudaram. Em 2018, foi registrado justamente um recorde de alta nas expectativas, com 57% dos CEOs afirmando esperar mais expansão econômica pelo mundo, contra 29% de um ano antes.
Os dados foram apresentados nesta segunda-feira pela PwC, véspera da abertura do Fórum Econômico Mundial (FEM), de Davos, na Suíça, que começa nesta terça-feira e vai até sexta-feira, dia 25, e parecem bater com os temores de economistas e organismos internacionais, que veem riscos importantes que podem afetar a expansão da economia global. Os dois principais, apontados pelos organizadores do fórum, seriam os confrontos econômicos e políticos entre grande potências, e o maior exemplo disso é a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, além da expectativa de redução no ritmo de crescimento dos chinês.
Talvez por isso os CEOs tenham se mostrado tão reticentes ao listar três países onde viam perspectivas de crescimento para os seus negócios. Estados Unidos e China mantiveram-se entre os mais lembrados, com 27% e 24%, respectivamente, embora os investidores tenham sido bem mais enfáticos sobre suas boas perspectivas nesses mercados no ano anterior. Este ano, a resposta "não sei" ficou em terceiro lugar, com 15% do total, passando a frente de Alemanha (13%) e Índia (%). E o "em nenhum lugar" teve 8%. Ficou na frente de Reino Unido (8%), Brasil (6%), França (6%) e Áustria (5%).
A boa notícia para o Brasil, contudo, é que, apesar da retração econômica dos últimos anos, a pesquisa mostra que o país segue em destaque no cenário global, ao ocupar o sexto lugar entre os países mais citados pelos CEOs globais como possíveis focos de investimentos ao longo de 2019.
"A retomada do crescimento econômico brasileiro dá sinais de avanços. A pesquisa mostra que o país não saiu do radar internacional para fins de investimentos. O momento exige esforços das empresas para focar em processos disruptivos que mantenham suas organizações em destaque aos olhos do mundo", afirma Fernando Alves, sócio-presidente da PwC Brasil.
Os executivos no Brasil demostraram melhores expectativas em relação ao crescimento de suas empresas nos próximos 12 meses. Cerca de 43% apostavam que suas empresas devem crescer ao longo de 2019. Na pesquisa anterior, que considerava o sentimento para 2018, esse índice era de 39%. Entre suas principais preocupações para o próximo ano estão o crescimento da carga tributária (mencionada por 96%), seguida do excesso de regulação (93%). Fatores políticos seguem como motivo de preocupação: incertezas como o cenário da política nacional foram citadas por 91%, enquanto a instabilidade social representou 89% e o populismo outros 85%.
As principais ameaças ao crescimento global variam bastante de acordo com a região pesquisada. Na América do Norte, a maior preocupação dos CEOs é com ciberataques (45%); na Europa, é com a disponibilidade de trabalhadores qualificados (51%); na Ásia do Pacífico, com a guerra comercial (38%); e, na América Latina, com o aumento do populismo (60%). O relatório da PwC afirma que "por todo o mundo, temos visto políticos populistas exercerem cada vez mais influência sobre a política econômica".
"Estamos entrando em uma novo estágio em que, de fato, o crescimento está reduzindo o passo - mas apenas um pouco. As tensões globais causadas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China afeta tanto o crescimento de mercados maduros quanto emergentes. Isso vai levar a certa redução na expansão. Há ainda situações políticas regionais e nacionais que prejudicam o crescimento, como é o caso da Itália, México e Brasil", disse Antonio Huertas Mejías, CEO da seguradora espanhola Mapfre.
Não está claro se as respostas dadas pelos CEOs sobre Brasil já consideravam o resultado da eleição presidencial. Isso porque as entrevistas foram feitas entre setembro e outubro. Segundo a PwC, certamente já captavam a vantagem de Jair Bolsonaro durante o pleito.
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