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Economia

- Publicada em 21 de Janeiro de 2019 às 01:00

Bolsonaro quer divulgar Brasil aos investidores

Comitiva presidencial participa da abertura do encontro de Davos hoje

Comitiva presidencial participa da abertura do encontro de Davos hoje


/ALAN SANTOS/PR/JC
Ao desembarcar ontem em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer mostrar que o Brasil mudou e que o governo está tomando medidas para tornar o País seguro e atraente para investimentos "sem viés ideológico". Ele destacou o segmento do agronegócio, e seu peso para a economia brasileira.
Ao desembarcar ontem em Davos, na Suíça, para participar do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer mostrar que o Brasil mudou e que o governo está tomando medidas para tornar o País seguro e atraente para investimentos "sem viés ideológico". Ele destacou o segmento do agronegócio, e seu peso para a economia brasileira.
Disse ainda que a agenda econômica durante o evento, como discussões a respeito das privatizações que o governo quer fazer, se concentrará no ministro da Economia, Paulo Guedes. "O Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça a confiança em nós, que os negócios voltem a florescer sem viés ideológico, para que possa ser seguro para investimentos, principalmente de agronegócios", declarou em entrevista. "Estamos aqui para mostrar que o Brasil mudou."
Bolsonaro disse ainda que o discurso que vai fazer hoje no Fórum Econômico Mundial será "objetivo, curto e direto" e vai abordar a necessidade de se fazer comércio "sem viés ideológico". "Tocaremos nestes pontos que eu falei aqui. O discurso foi feito e corrigido, por assim dizer, por vários ministros", afirmou o presidente, em uma rápida conversa com a imprensa.
Questionado sobre a situação da Venezuela, Bolsonaro disse que o país "está com problema não é de hoje", e que espera que o governo venezuelano "mude rapidamente". "Nós queremos mostrar via nosso ministro que o Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça a confiança em nós", afirmou o presidente.
Ao defender o agronegócio em sua primeira viagem internacional, Bolsonaro destacou que "é a nossa commodity mais cara, queremos ampliar esse tipo de comércio". Em relação a privatizações disse que não vai apresentar particularidades e que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fará os anúncios quando tudo já estiver definido. "Ele vai anunciar a partir do momento em que tiver certeza de que faremos boas privatizações", pontuou.
Nariman Behravesh, economista-chefe da consultoria IHS Markit, uma das mais prestigiadas do mundo, afirmou que a presença de Bolsonaro em Davos é uma oportunidade para esclarecer quais os planos do novo governo para a economia do País. O presidente falará nesta terça-feira em sessão plenária do Fórum Econômico Mundial. E as dúvidas dos investidores estrangeiros, segundo Behravesh, giram em torno de três pontos: como o novo governo pretende reduzir o protecionismo, encorajar investimentos e acelerar as privatizações.
A participação de Bolsonaro em Davos está atraindo o interesse da imprensa internacional. Crises domésticas nos EUA, França e Reino Unido acabaram afastando alguns dos principais líderes que, de última hora, cancelaram suas viagens para Davos. Como resultado, o palco foi deixado para o brasileiro, que promete fazer um discurso moderado para tentar desfazer sua imagem de "extremista".
Mas, avaliando pelo tom da cobertura internacional, Bolsonaro terá um amplo trabalho para transformar sua imagem no exterior. Numa matéria publicada no fim da semana passada, o jornal suíço Le Temps questiona se Bolsonaro estaria "no mesmo trilho de Pinochet". Assinado pelo economista Charles Wyplosz, o texto faz um paralelo à mão dura do chileno e a simpatia do brasileiro pelos militares. Mas aponta um elemento em comum: o uso de economistas formados em Chicago para liderar uma reforma. No caso, o "garoto de Chicago" é Paulo Guedes, ministro da Economia.
Outras publicações chamam a atenção para o fato de que a primeira viagem ocorre sob a sombra de dúvidas sobre a origem do dinheiro de seu filho, Flávio Bolsonaro, além do confronto entre Gisele Bündchen e o governo por conta da Amazônia.
 
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