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Economia

- Publicada em 20 de Janeiro de 2019 às 11:37

Em 2018 conturbado para mercado editorial, clube de livros Tag fatura 60% a mais

Clube alcançou 48 mil assinantes - em 1,7 mil cidades diferentes - e faturamento de R$ 26 milhões

Clube alcançou 48 mil assinantes - em 1,7 mil cidades diferentes - e faturamento de R$ 26 milhões


TAG/Divulgação/JC
Amanda Jansson Breitsameter
O ano passado acendeu o sinal vermelho no mercado editorial brasileiro. Marcado pelo tombos de duas gigantes do setor, com Livraria Cultura e Saraiva registrando, ambas, pedidos de recuperação judicial em menos de um mês, 2018 foi bem diferente para o clube de assinatura de livros Tag Experiências Literárias.
O ano passado acendeu o sinal vermelho no mercado editorial brasileiro. Marcado pelo tombos de duas gigantes do setor, com Livraria Cultura e Saraiva registrando, ambas, pedidos de recuperação judicial em menos de um mês, 2018 foi bem diferente para o clube de assinatura de livros Tag Experiências Literárias.
A empresa - que completa cinco anos de existência em 2019 - não apenas registrou alta de clientes e de faturamento, mas parece vir provando que a crise do mercado não passa pelo leitor. O clube chegou, no ano passado, a 48 mil assinantes - distribuídos em 1,7 mil cidades brasileiras - e atingiu um faturamento de R$ 26 milhões, crescimentos de 61% e 73%, respectivamente, sobre os resultados de 2017.
"O aumento do número de assinantes na Tag é um sinal positivo, que comprova que a crise não é do livro, nem de leitores, mas do mercado varejista livreiro. É uma crise de gestão, do modelo de negócios, mas não da falta de interesse pelo livro", afirma um dos fundadores e diretor de Marketing da Tag, Arthur Dambros.
Conforme Dambros, o ponto forte da empresa é justamente funcionar como uma "terceira via" para o consumo: nem e-commerce, nem megastore, a Tag atrai por fazer a curadoria dos livros enviados, ao mesmo tempo que manda o produto diretamente para o leitor, facilitando o acesso do consumidor. "Conseguimos manter a essência do trabalho do pequeno livreiro, da recomendação de novos livros, e incluir nisso a praticidade da entrega em casa", analisa Dambros. 
A crise não é do livro, nem de leitores, mas do mercado varejista livreiro. Arthur Dambros
A empresa se posiciona como uma alternativa também para as editoras, que veem a Tag como uma via para o escoamento de livros e o acesso ao consumidor. "Não somos concorrentes de editoras, justamente pelo contrário. Nossos projetos são feitos sempre em parceria com alguma editora, muitas vezes trazendo até livros que nem estão ainda no mercado brasileiro", explica Dambros. "É essa parceria com a Tag que até viabiliza algumas tiragens", conta.
Um dos grandes marcos do ano passado foi o lançamento da Tag Inéditos, uma nova modalidade de assinatura em que a entrega em casa e os produtos enviados - o livro do mês, uma revista sobre o livro escolhido e um "mimo", como é chamada uma espécie de brinde que vem com o kit e está relacionado como livro do mês ou com literatura - são os mesmos, mas o livro enviado traz um perfil um pouco diferente. As obras do Tag Inéditos seguem uma linha mais "best-seller", incluindo livros mais contemporâneos, com uma linguagem mais fluida e enredo mais dinâmico, de acordo com a Tag. A modalidade provou-se um sucesso, e atualmente tem 20 mil assinantes, 40% do total de assinantes do clube.
"O que mais escutamos das pessoas que nos contam os motivos para serem assinantes é a vontade de 'sair da zona de conforto literária', justamente porque entregamos um livro de um autor do qual muitas vezes elas nem ouviram falar. E as pessoas se dispõem a entrar nessa nova experiência", aponta Dambros. 

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Diretor de Marketing da Tag, Arthur Dambros aponta que clube vem incluindo público cada vez mais abrangente. Foto Tag/Divulgação/JC

Para 2019, os planos são estreitar ainda mais os laços com os milhares de leitores do País - assinantes ou não assinantes. A Tag lançou recentemente o desafio #UmLivroPorMês, que vem movimentando as redes sociais com a hashtag e já possui mais de 75 mil participantes. A ideia é incentivar as pessoas a lerem um livro no período de 30 dias, sejam os sócios do clube, sejam entusiastas da literatura que querem retomar o hábito. O clube ainda gerencia 230 grupos de WhatsApp em que os participantes do desafio conversam sobre livros e literatura.
"Cada vez mais, as pessoas vêm percebendo que a Tag não é apenas um clube para quem já é um grande leitor, mas também inclui quem quer voltar a ler com frequência", diz Dambros.
Sem esquecer do e-commerce - representado pela loja virtual, que já responsável por R$ 1,5 milhão do faturamento -, a empresa lança ainda a Assinatura Presente, que coloca à disposição do público a possibilidade de presentear com um kit avulso ou com assinaturas de três, seis e até 12 meses.
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