Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 15 de Janeiro de 2019 às 01:00

Sérgio Moro será destaque da comitiva brasileira em Davos

Depois de dar um prêmio de "estadista do ano" para Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o Fórum Econômico Mundial estende o tapete vermelho para o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ontem, em Genebra, os organizadores do evento apresentaram sua agenda para o encontro que ocorre a partir da semana que vem na estação de esqui da Suíça.
Depois de dar um prêmio de "estadista do ano" para Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, o Fórum Econômico Mundial estende o tapete vermelho para o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ontem, em Genebra, os organizadores do evento apresentaram sua agenda para o encontro que ocorre a partir da semana que vem na estação de esqui da Suíça.
Por enquanto, Moro tem uma agenda mais carregada que a do próprio presidente, Jair Bolsonaro, que faz sua estreia internacional no evento na Europa. A delegação brasileira viaja dia 21 e ainda é composta pelo filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, pelo chanceler Ernesto Araujo e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Mas é para Moro que as atenções estarão direcionadas. Fontes do alto escalão de Davos indicaram que querem saber do ministro quais seus planos para combater a corrupção no País. No dia 22 de janeiro, Moro será um dos principais integrantes de um debate sobre "restaurar confiança e integridade". Ele divide o palco com a presidente da entidade Transparência Internacional, Delia Ferreira Rubio, e com o especialista suíço Mark Pieth.
"Níveis historicamente baixos de confiança entre acionistas estão no coração de muitos desafios políticos e econômicos no mundo", escreveu o Fórum. "Como empresários, governos e sociedade civil podem restaurar integridade e confiança em liderança?", questiona Davos.
Dois dias depois, Moro será o principal nome de um debate sobre "crime globalizado". Ele divide o palco com o secretário-geral da Interpol, Jurgen Stock, e com uma especialista britânica, Karin von Hippel.
"Um oitavo da fortuna global está envolvida em atividades financeiras ilícitas, o que afeta o funcionamento tanto do setor público como privado", indicou Davos. "Como novas parcerias podem ajudar a dar um fim a esses ciclos?", propõe o Fórum.
Ao presidente Bolsonaro, Davos reservou um palco exclusivo para que o brasileiro faça sua alocução, provavelmente na terça-feira. Mas, por incertezas no programa diante da ausência de Donald Trump e outros líderes, o evento com Bolsonaro ainda não aparece na agenda oficial de Davos. Os organizadores, porém, insistem que o presidente brasileiro terá seu espaço.
O presidente ainda participará de um jantar organizado pelo Fórum, mas fora do centro de conferências. Ali, vai debater o "futuro da América Latina" em termos de revolução tecnológica com o CEO da Microsoft, com o presidente da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada, Ivan Duque, da Colômbia, Lenin Moreno, do Equador, e o peruano Martin Alberto Vizcarra. "Como a América Latina pode abraçar as oportunidades da tecnologia?", questiona o Fórum, como tema central do encontro.
Bolsonaro, porém, ficará de fora de um debate organizado na sala principal de Davos entre os presidentes do Paraguai, Costa Rica, Colômbia, Equador e Peru. Sob o título de "um novo dia na América Latina", o encontro aponta que, em 2018, "mais de 400 milhões de latino-americanos escolheram seus novos líderes em oito países nas urnas". "Quais oportunidades e riscos estão adiante, enquanto um novo capítulo se abre na região?" questionam os organizadores.
Entre os empresários, Paulo Cesar de Souza e Silva, CEO da Embraer, também falará sobre segurança. Luciano Huck, apresentador de TV, ainda foi escalado para falar sobre a "reconstrução da confiança da sociedade na América Latina". "Uma onda de transformação política pela América Latina visa lidar com as desigualdades e aumentar a participação política", indicou Davos.
Quem não tem agenda por enquanto é o chanceler Ernesto Araujo, que vem promovendo um discurso de críticas à globalização.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO