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consumo

- Publicada em 15 de Janeiro de 2019 às 01:00

Sul tem 8,2 milhões de pessoas inadimplentes

Apesar dos números, região concentra o menor índice de endividados

Apesar dos números, região concentra o menor índice de endividados


/FREEIMAGES.COM/DIVULGAÇÃO/JC
A região Sul do Brasil encerrou o ano de 2018 com 8,29 milhões de consumidores negativados, ou seja, com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número corresponde a 36,4% da população adulta do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, registrando uma alta na ordem de 1,8% na comparação com 2017. No País, de acordo com os dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o último ano finalizou com 62,6 milhões de inadimplentes, crescimento de 4,41% em relação a 2017.
A região Sul do Brasil encerrou o ano de 2018 com 8,29 milhões de consumidores negativados, ou seja, com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número corresponde a 36,4% da população adulta do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, registrando uma alta na ordem de 1,8% na comparação com 2017. No País, de acordo com os dados do Indicador de Inadimplência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o último ano finalizou com 62,6 milhões de inadimplentes, crescimento de 4,41% em relação a 2017.
Apesar da pequena elevação, a análise mostra que a região Sul tem o menor percentual da população adulta com CPF negativado, ficando atrás da Norte, com 46,5%; Centro-Oeste, com 42,3%; Nordeste, com 41,8% e Sudeste, com 40%. Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), Vitor Augusto Koch, os números finais de 2018 mostram que o ano foi extremamente difícil para as famílias brasileiras conseguirem honrar seus compromissos.
"Foi mais um ano em que não observamos a plena recuperação econômica do nosso País. Apesar de avanços em alguns aspectos pontuais, a geração de empregos e de renda ainda não atingiu patamares que permitam aos brasileiros terem as condições necessárias para quitarem todos os seus débitos. Diante disso, muitos optam por escolher o que é mais urgente para pagar e acabam tendo seus CPFs restringidos nos serviços de proteção ao crédito", destaca o dirigente.
O presidente da FCDL-RS espera que 2019 traga condições para que um maior número de pessoas deixe de estar inadimplente, com o Brasil vivendo uma melhora econômica mais robusta, sedimentada na geração de novos postos de trabalho e em maior incremento da renda dos brasileiros. Além disso, é preciso que a população aprenda a gerenciar melhor as finanças familiares e evite ficar com o CPF negativado. "Pelas primeiras notícias de 2019 já vemos uma elevação da confiança no novo governo federal e nas boas expectativas com as reformas estruturantes, que tendem a injetar ânimo dos agentes econômicos. São fatores fundamentais para gerar uma recuperação mais consistente do mercado de trabalho", explica.
Se o total de inadimplentes cresceu, o volume de dívidas em nome de pessoas físicas apresentou redução na região Sul, de acordo com o levantamento do SPC Brasil. O recuo, na comparação com 2017, foi da ordem de 1,73%, totalizando 2,08 débitos em média.
Os dados abertos por setor credor revelam que, em 2018, em todo o Brasil, os débitos com as contas de serviços essenciais para o funcionamento da residência, como água e luz, foram os que mais cresceram no período, um avanço de 14,88%. Já as dívidas bancárias, que englobam cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos, ficaram em segundo lugar no ranking, com crescimento de 6,81% na comparação anual. As dívidas contraídas no comércio e com boletos de telefonia, TV por assinatura e internet caíram -5,09% e -0,37%, respectivamente.

Com Black Friday, varejo brasileiro avançou 2,9% em novembro

Segmento de artigos pessoais registrou elevação de 6,9% no período

Segmento de artigos pessoais registrou elevação de 6,9% no período


/Stéphany Franco/Especial/JC
Puxado pelas promoções da Black Friday, o volume de vendas no varejo subiu 2,9% em novembro, na comparação com o mês anterior, e registrou a segunda maior alta mensal da série histórica iniciada em 2000, informou o IBGE. Em relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 4,4%.
A alta de novembro só não superou a de janeiro de 2017, quando as vendas cresceram 4% em relação a dezembro de 2016. O avanço em novembro também interrompe duas taxas negativas consecutivas, período em que o varejo acumulou perda de 1,8%.
"O resultado de novembro compensou essa queda. A recuperação fica evidente não só pela taxa expressiva, mas pelo perfil predominantemente positivo entre as atividades", disse a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Segundo o IBGE, um indicador da importância das promoções no resultado positivo foi a forte alta do grupo outros artigos de uso pessoal e doméstico, que cresceu 6,9% frente a outubro (quando avançou apenas 0,6%) e 16,9% em relação a novembro de 2017. A categoria engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, entre outros.
"Quem mais influenciou o resultado positivo foram justamente as atividades mais sensíveis às promoções da Black Friday. São atividades que têm uma concentração de empresas que se beneficiam mais das vendas online, que é o foco das promoções de novembro. Observamos isso em relação a outubro, mas também com relação a novembro do ano passado", afirma Nunes.
Destaque também para as categorias de móveis e eletrodomésticos, que cresceu 5% em novembro na comparação mensal, e de artigos farmacêuticos, médios e ortopédicos, com alta de 2,8%. Com o resultado, o comércio acumula alta de 2,5% em 2018 e de 2,6% nos últimos 12 meses.
"O patamar atual de vendas está próximo de junho de 2015. Ele coloca o comércio na menor distância do pico da série histórica desde então. Porém, mesmo com esse avanço importante, ainda está 5,1% abaixo do recorde, que foi em outubro de 2014", diz Nunes. O chamado varejo ampliado, que inclui material de construção e veículos, teve alta de 1,5% em novembro em relação a outubro e 5,8% na comparação com 2017.

Inflação de famílias mais pobres dispara em dezembro, segundo o Ipea

A inflação das famílias mais pobres no Brasil disparou em dezembro em relação à das famílias mais ricas, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apesar de, no acumulado de 2018, o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda ter sido mais equilibrado. Em dezembro, as famílias de renda mais baixa registraram inflação de 0,21% contra 0,09% identificados nos ajustes de preços da renda mais alta.
O resultado se deve ao maior aumento do preço de itens que impactam com mais força a baixa renda, como alimentos. Segundo o Ipea, em dezembro, os legumes subiram 9%; as verduras, 2,3%; frutas, 3%; e carnes, 2%. Também pesaram o aumento do preço do vestuário, como roupas femininas, em alta de 2,3%, e o reajuste de 0,5% do aluguel. Já para as famílias de alta renda, pesaram as passagens aéreas impulsionadas pelas férias, com preços 29,1% mais altos, e do aumento de 0,8% dos planos de saúde.
Por outro lado, a energia beneficiou a todas as classes, com queda de 4,8% no preço da gasolina e de 2% na conta de luz. "A queda de 4,8% no preço da gasolina foi o principal fator de descompressão inflacionária nas faixas de renda mais alta, que também se beneficiaram, ainda que em menor proporção, da queda das tarifas de energia elétrica", explicou o Ipea.
No acumulado de 2018, a inflação cresceu em todos os segmentos de renda, resultado do aumento dos preços dos alimentos a partir do segundo semestre e, sobretudo, dos reajustes dos combustíveis e da energia elétrica entre junho e outubro. Embora as famílias mais pobres tenham sofrido mais em dezembro, no acumulado de 12 meses a alta de preços neste segmento foi de 3,5%, contra 3,9% nas faixas de renda mais alta.