Nesta quarta-feira (16), em Brasília, será realizada reunião que irá definir o preço mínimo do arroz para 2019. A Farsul, que participará do encontro, questiona a forma de aplicação da política de composição dos valores. Conforme a entidade, não há clareza na metodologia aplicada, fazendo com que o resultado não seja técnico, mas uma adequação ao orçamento do governo federal.
Para o presidente da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, o tema sobre o preço mínimo ressurge a cada ano desconsiderando a importância da lavoura orizícola no País. "Ano após ano esse valor é um engodo por ser mais político do que baseado nos custos de produção reais", crítica.
Atualmente, a formação do preço é baseada na paridade de importação, na análise do quadro de oferta e demanda e no custo variável, o chamado desembolso, que não contempla os valores de arrendamento, por exemplo. Porém, o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, chama a atenção para o fato de não haver uma definição dos pesos de cada um desse itens o que deixa espaço aberto à subjetividade.
Para o economista, na prática o processo é o inverso ao que deveria. O governo faz a política com o orçamento que tem, o que faz o preço ser cada vez menor. "Na realidade, quem determina o preço mínimo é o Ministério da Fazenda que não entende nada de plantio de arroz e usa as informações da Conab", reclama. Luz ressalta que o grande problema está na falta de levantamento dos custos pela Conab. A Farsul defende uma metodologia clara e técnica para a política do preço mínimo.