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GESTÃO

- Publicada em 14 de Janeiro de 2019 às 22:41

Orçamento é desafio de Gilberto Petry no Sebrae

Petry (segundo da esquerda para a direita) acredita que cortes do governo federal não ultrapassem 25%

Petry (segundo da esquerda para a direita) acredita que cortes do governo federal não ultrapassem 25%


/MARCO QUINTANA/JC
Ao assumir o comando do conselho deliberativo do Sebrae/RS, ontem, o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, expôs o maior desafio da sua gestão. O corte no repasse de verbas às entidades do Sistema S, anunciado recentemente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, já leva o empresário a organizar planos de redução de custos caso a perda de receita se confirme. Em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em dezembro, Guedes disse que era preciso "meter a faca" no sistema S, formado por nove entidades. Para Petry, o desafio é duplo, já que como presidente da Fiergs também responde pelo sistema Sesi/Senai.
Ao assumir o comando do conselho deliberativo do Sebrae/RS, ontem, o presidente da Fiergs, Gilberto Petry, expôs o maior desafio da sua gestão. O corte no repasse de verbas às entidades do Sistema S, anunciado recentemente pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, já leva o empresário a organizar planos de redução de custos caso a perda de receita se confirme. Em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em dezembro, Guedes disse que era preciso "meter a faca" no sistema S, formado por nove entidades. Para Petry, o desafio é duplo, já que como presidente da Fiergs também responde pelo sistema Sesi/Senai.
"Já trabalhamos com planos B e C, esse último o mais drástico. Mas estamos nos mobilizando para que isso não ocorra. De qualquer forma, o corte ainda terá que passar pelo Congresso para ser alterado, e vai gerar muito debate", ressalta Petry.
Ao falar sobre a gestão do Sebrae para o período de 2019-2022, o executivo diz que trabalha com a possibilidade de redução de verbas dentro do percentual de 25% proposto pelo senador tucano Ataídes Oliveira. Petry diz que não espera por um corte de até 50% sugerido por Guedes. De acordo com o empresário, como ainda precisará passar pela aprovação dos congressistas, os possíveis cortes ocorreriam somente para 2020. A redução de recursos viria com cortes na contribuição das empresas para o financiamento do sistema.
Hoje, as alíquotas cobradas sobre a folha de pagamento variam de 1% a 2,5%, dependendo da entidade. "Obviamente que não se pode manter os mesmos gastos com orçamento menor. Mas vale lembrar que fazemos, muitas vezes, a implantação de escolas e curso que os governos não conseguem atender", alerta o novo presidente do Sebrae.
No caso do Sebrae, um corte de 25% representaria uma redução de cerca de R$ 47,5 milhões em um orçamento atualmente previsto de R$ 190 milhões em 2019. Para o Sesi/Senai, que está sob o guarda-chuva da Fiergs, também dirigida por Petry, poderá significar um corte de R$ 127,5 milhões, se levado em conta uma verba somada de R$ 510 milhões das duas entidades.
Antecipando o que poderá ser eliminado, Petry diz que cursos com pouca procura terão de ser encerrados, mas hão haverá descontinuidade para aqueles estudantes que já estão com aulas em andamento. "Em Uruguaiana, por exemplo, o prefeito nos pede para manter um curso que ainda tem pouca demanda, mas que terá no futuro. Mas com um custo de R$ 1,2 milhão anuais, não teremos como manter esperando que a procura aumente", exemplifica Petry.

A abrangência das entidades no Estado e a nova diretoria do Sebrae

Hoje, o Sebrae realiza cerca de 170 mil atendimentos a empreendedores anualmente e tem quase 377 empregados, em 10 escritórios regionais espalhados pelo Estado.
No caso do Senai, a entidade reúne 81 mil matrículas em 25 cursos voltados a qualificação de mão de obra para o setor industrial, além de cerca de 10 mil atendimentos e consultoria anualmente, entre outros serviços.
O Sesi tem unidades em 55 cidades com serviços de saúde e educação abrangendo 416 municípios, tem 1.677 funcionários. Em 2018, atendeu 8,3 mil indústrias e 11,3 milhões de pessoas. De 86 mil matrículas feitas em serviços de educação e saúde, 58,5 mil foram gratuitas.
Quem assume o Sebrae
A diretoria executiva que estará à frente da entidade nos próximos quatro anos
Gilberto Petry: presidente do conselho deliberativo
André Vanoni de Godoy: diretor-superintendente
Ayrton Pinto Ramos: diretor técnico
Marco Aurélio Vieira Paradeda: novo diretor de administração e finanças