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Economia

- Publicada em 14 de Janeiro de 2019 às 16:01

Risco de desaceleração global mais acentuada faz bolsas da Europa caírem

Agência Estado
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta segunda-feira (14) em baixa, afetados, novamente, por um sentimento de cautela que se espalhou pelo globo diante de indicadores abaixo do esperado pelo mercado tanto na China quanto na zona do euro. Nesse cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 chegou ao fim do dia em queda de 0,48%, cotado a 347,51 pontos.
Os mercados acionários europeus encerraram o pregão desta segunda-feira (14) em baixa, afetados, novamente, por um sentimento de cautela que se espalhou pelo globo diante de indicadores abaixo do esperado pelo mercado tanto na China quanto na zona do euro. Nesse cenário, o índice pan-europeu Stoxx 600 chegou ao fim do dia em queda de 0,48%, cotado a 347,51 pontos.
Novos indicadores atestaram que a desaceleração da economia global é uma questão que veio para ficar enquanto é precificada pelos mercados. Tanto as exportações quanto as importações da China mostraram uma inesperada queda na passagem de novembro para dezembro, o que implicou uma fuga global de ativos considerados mais arriscados. Em solo europeu, o movimento de cautela foi agravado pela produção industrial, que recuou 1,7% em novembro em relação ao mês anterior, enquanto analistas esperavam recuo menor, de 1,0%.
Na avaliação do economista-chefe para Europa da Capital Economics, Andrew Kenningham, os dados confirmam que a indústria europeia não experimentou uma forte recuperação no último trimestre de 2018. "Os números são ruins para o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre. Ainda achamos que a zona do euro provavelmente obteve um pequeno crescimento no período, já que os números de vendas no varejo foram positivos em outubro e novembro, mas ficou claro que a região mudou de marcha", disse o analista em relatório enviado a clientes.
Em novembro, as três maiores economias da zona do euro divulgaram números abaixo do esperado de produção industrial. O índice DAX, da bolsa de Frankfurt, fechou em queda de 0,29%, cotado a 10.855,91 pontos; o CAC 40, de Paris, recuou 0,39%, para 4.762,75 pontos; e, na bolsa de Milão, o FTSE MIB cedeu 0,61%, para 19.171,48 pontos.
Os dados da China também pesaram nos negócios em solo europeu. A surpresa vista nos dados comerciais chineses de novembro agrava o quadro de desaquecimento econômico no mundo - o que acabou por impor perdas a ações de mineradoras em Londres. Por lá, o índice FTSE 100 encerrou o primeiro pregão desta semana em queda de 0,91%, cotado a 6.855,02 pontos, em um cenário no qual ações de mineradoras como BHP Billiton (-0,96%), Glencore (-1,47%) e Rio Tinto (-0,17%) exerceram forte pressão baixista.
Em solo espanhol, questões políticas também são digeridas pelos investidores. De acordo com a consultoria de risco político Eurasia Group, a oposição dos separatistas catalães deve deixar improvável que o governo assegure o apoio do Parlamento para o orçamento de 2019. "Embora o governo garanta o apoio dos nacionalistas de esquerda e dos bascos, os dois partidos separatistas catalães não apoiarão o premiê Pedro Sánchez", afirmou a Eurasia. "O impasse legislativo prolongado sobre o projeto de orçamento deve levar o primeiro-ministro a antecipar para este ano as eleições gerais, que estavam programadas para 2020", comentaram os analistas da consultoria.
Digerindo o cenário de enfraquecimento da economia global e os riscos políticos internos, o índice Ibex 35, da bolsa de Madri, fechou em baixa de 0,66%, a 8.816,60 pontos, enquanto o PSI 20, da bolsa de Lisboa, caiu 0,16%, para 4.950,51 pontos.
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