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Conjuntura

- Publicada em 13 de Dezembro de 2018 às 22:38

Líderes pedem privatizações e investimentos

Fernandez e Giovana discutiram sobre ambiente de negócios

Fernandez e Giovana discutiram sobre ambiente de negócios


/MARCELO G. RIBEIRO/JC
Na opinião dos presidentes do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Giovana Stefani, e do Grupo de Líderes Empresariais do Estado (Lide-RS), Eduardo Fernandez, o caminho para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul passa por privatizações de serviços como água e luz e por mais investimento em inovação por parte do governo. Para os dirigentes, dentro do rol de empresas que o Estado deve abrir mão está o Banrisul.
Na opinião dos presidentes do Instituto de Estudos Empresariais (IEE), Giovana Stefani, e do Grupo de Líderes Empresariais do Estado (Lide-RS), Eduardo Fernandez, o caminho para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul passa por privatizações de serviços como água e luz e por mais investimento em inovação por parte do governo. Para os dirigentes, dentro do rol de empresas que o Estado deve abrir mão está o Banrisul.
"O pacto da dívida com a União governo federal dá fôlego para que o Estado tenha um respiro nas finanças, mas também é necessário fazer o dever de casa e isso passa pela privatização das empresas estatais, independente de terem superávit ou não", defende Giovana.
A dirigente argumenta que existe um desvio de função da máquina pública - que não realiza os serviços básicos de forma eficaz - e excesso de funcionários concursados, onerando a folha de pagamento e aumentando o déficit da Previdência. "No Rio Grande do Sul, 15% da população tem mais de 60 anos e tudo isso impacta nos custos do estado."
"No momento em que o estado não consegue exercer de forma eficiente sua principal função, que é de prover o direito do cidadão ir e vir, não pode querer abrir seus tentáculos para outras áreas", completou Fernandez. O presidente do Lide-RS frisou que a entidade é "totalmente" a favor das privatizações de um modo geral. "Acredito que desta forma o governo vai conseguir ser mais eficiente nas suas ações e tornar o Estado mais competitivo."
Ambos os dirigentes participaram da última edição do ano da série Conexões de Negócios JC, cujo tema foi o Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Sul. No decorrer de 2018, diversas lideranças empresariais passaram pela redação do Jornal do Comércio para participar de debates com foco em economia e negócios, por conta da programação de aniversário de 85 anos do jornal.
Desburocratização, licenciamentos ambientais, investimento em infraestrutura e redução da carga tributária seriam outras demandas dos líderes empresariais. No entanto, ambos propuseram que a classe empresarial deve dialogar com o novo governo sobre a questão da manutenção por mais dois anos da alíquota elevada do ICMS em 18%.
"Em troca deste voto de confiança, queremos saber de que forma teremos como retorno eficiência e competitividade para o setor produtivo", pondera Fernandez. "Não iremos mais aceitar o aumento de qualquer tipo de imposto sem que haja uma contrapartida forte por parte dos governantes." Para Giovana é importante que o governador eleito, Eduardo Leite, planeje a redução de despesas públicas neste período. "Caso contrário de nada adianta aumentar a carga tributária e espremer cada vez mais a classe produtiva, gerando inclusive fuga de talentos e desenvolvimento econômico muito aquém dos demais estados do País."
> VÍDEOS JC: Confira a íntegra do que pensam os dois dirigentes 

Setor de tecnologia é chave para crescimento, afirmam lideranças

Apontando a tecnologia como "chave para o crescimento", a presidente do IEE Giovana Stefani frisa que "esta é uma pauta é inevitável para que o Estado tenha força para competir".
"Vai depender de um alinhamento com o governo federal - um desafio que acredito que Eduardo Leite conseguirá vencer se conduzir bem o assunto nos próximos quatro anos", observa dirigente, afirmando que a classe empresarial está disposta a construir uma agenda conjunta neste sentido. "Seria muito bom ter a iniciativa privada e o poder público pensando juntos o desenvolvimento do Rio Grande do Sul." Para Giovana, é imprescindível que se melhore o ambiente de negócios. "Um ambiente de livre mercado é fundamental para atrair investidores e startups, inclusive com foco para se consolidar um polo tecnológico na capital gaúcha."
Ao lembrar que o agronegócio lidera a cadeia de desenvolvimento do Estado, o presidente do Lide/RS destacou que os polos metal mecânico, de vinhos, de calçados e de turismo na região da Serra são economias pujantes que foram deixadas de lado por políticas mal conduzidas de governos passados. "A indústria 4.0, o comércio e os serviços também são fundamentais para trazer ganhos para o Estado, contanto que o mesmo repasse oportunidades para todos estes setores gerarem empregos e crescimento." Em nível nacional, os dirigentes avaliam que em 2019 se inicia "uma nova era da política".