Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 13 de Dezembro de 2018 às 01:00

Privatizações não resolvem problemas, avalia Iata

Aeroporto de Congonhas deve engrossar a lista de concessões

Aeroporto de Congonhas deve engrossar a lista de concessões


YASUYOSHI CHIBA/YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Privatizar aeroportos, seja vendendo os ativos ou realizando concessões, não resolverá como um passe de mágica as dificuldades enfrentadas pelo setor aéreo brasileiro. A avaliação é de Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que reúne mais de 280 empresas de todo o mundo. "Em geral, não somos favoráveis a privatizações. Recomendamos aos governos que tenham cuidado com esse processo", disse Juniac.
Privatizar aeroportos, seja vendendo os ativos ou realizando concessões, não resolverá como um passe de mágica as dificuldades enfrentadas pelo setor aéreo brasileiro. A avaliação é de Alexandre de Juniac, diretor-geral e CEO da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que reúne mais de 280 empresas de todo o mundo. "Em geral, não somos favoráveis a privatizações. Recomendamos aos governos que tenham cuidado com esse processo", disse Juniac.
A Iata tem feito fortes críticas ao modo com que as concessões aeroportuárias têm sido realizadas em todo o mundo - e o caso do Brasil não é diferente. Em junho, a entidade publicou um estudo com a consultoria McKinskey revelando que as privatizações no setor encareceram os serviços aos consumidores, elevaram custos às aéreas e não trouxeram ganhos de eficiência substanciais.
O principal problema, na visão da Iata, está na modelagem das privatizações. Governos costumam estruturar os processos apressadamente e com uma visão extremamente de curto rápido, olhando para a venda ou concessão do ativo como meros geradores de caixa, diz a Iata. Os responsáveis pelas concessões nem sempre escolhem as melhores regras e estratégias para garantir benefícios de longo prazo aos viajantes e às empresas que atuam nos terminais.
O País se prepara para uma nova rodada de concessões, seguindo com o processo iniciado em 2011 com o terminal de Natal (AL). O próximo leilão envolverá 12 aeroportos, divididos em três blocos regionais - Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste - e está marcado para o primeiro trimestre de 2019.
A equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, planeja engrossar a lista de terminais aeroportuários para concessão. Nos planos, estão Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), considerados as "joias da coroa".
A Iata acredita que, no caso do Brasil, as preocupações do governo e do setor deveriam estar voltadas principalmente a questões regulatórias, e não tanto à infraestrutura aeroportuária.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO